A Origens das Espécies - Novel - Capítulo 03 - Xangai (3)
Seria mentira dizer que não estava nervoso.
Quando o avião aterrissou no Aeroporto Internacional de Pudong, a tensão havia chegado em seu nível máximo. Tinha um letreiro que dizia estar liberado afrouxar o cinto de segurança, mas Lee Youngjin se manteve ali sem se mover por muito tempo. Apenas se levantando rapidamente e esticando os braços para alcançar as bagagens. A bolsa de Boston, que não pesava muito, parecia pesar trinta quilos quando foi retirada.
Lee Youngjin se viu arrastado pelo multidão, e sem oferecer nenhuma resistência, lentamente seguiu o fluxo de pessoas. Pegou seu passaporte novo e ainda tirou de seu bolso. LEE JASON. Um nome desconhecido. Incômodo.
Era a primeira vez que ele tinha um passaporte, entrou em um avião ou pisou em qualquer lugar fora da Coréia.
Mas foi a preocupação que superou esse nervosismo.
Em primeiro lugar, um substituto temporário. Choi Yoonseok encontrou um em algum lugar. Ele dizia que era um estudante universitário. Parecia inteligente e rápido, mas como um estudante universitário, provavelmente nunca realizou nenhum trabalho difícil. O galinheiro paga oito mil wons por hora. O trabalho é difícil para compensar esse dinheiro por hora. Não há necessidade de dizer que a limpeza deve estar completa antes de abrir o local, anotar a quantidade de comida desperdiçada e desperdícios gerais, e dispor o salão com seis mesas. É uma sorte que o presidente seja uma boa pessoa, mas como ele é um estudante universitário, um estudante inteligente que só estudou antes pode fazer tal trabalho? Oh sim. Ele deveria ter lembrado de antemão que os ossos de galinha não são desperdício de comida.
Em segundo lugar, tem um gato de rua que vem e vai perto da aldeia onde vive Lee Youngjin. Está frio e ele mora no porão da vila, mas sempre desaparece ao ouvir passos. Então, alguns dias atrás, ele testemunhei um filho da puta que morava no terceiro andar xingando uma baleia enquanto balançava uma lâmina para o cara do tamanho de um punho. Enquanto ele estava fora, ele se preocupava em morrer congelado, passar fome ou ser morto por um bandido no terceiro andar.
Fora isso, o abastecimento de água da vila não vai explodir no frio, se um ladrão invadir e levar itens domésticos como da última vez, se o gás não explodir, se o kimchi na geladeira não drenar, etc. . … .
Enquanto pensava preocupado no que havia deixado para trás, uma onda de pessoas o empurrou para a frente do balcão de imigração. A equipe de julgamento parecia que olhava como se alguém que eles não conheciam desse um tapa na cara deles. Lee Youngjin respondeu cautelosamente em um inglês estranho porque parecia que ele daria um tapa na bochecha se respondesse incorretamente. Felizmente, não houve longas conversas. Os olhos do funcionário olharam para o passaporte de Lee Youngjin e selaram o selo. Esse foi o fim. Lee Youngjin ficou aliviado e fugiu rapidamente do balcão de imigração.
As salas de embarque e desembarque estavam lotadas.
As pessoas se encontravam, se abraçavam, se beijavam na bochecha e batiam com os punhos no ombro, fazendo barulho.
Havia muitas, muitas pessoas.
Lee Youngjin agarrou a bolsa de Boston com força. As alças de couro estavam escorregadias das palmas encharcadas de suor. Ele olhou em volta, pois o professor disse que alguém iria buscá-lo no aeroporto. Assim que ele estava prestes a perguntar quem era, seu pensamento foi interrompido. Lee Youngjin segurou o celular desconectado por um longo tempo.
Ele não sabia o que fazer no meio de toda aquela gente, então olhou em volta.
Um grupo de homens falando alto, um casal de idosos andando de mãos dadas, uma jovem com um bebê nos braços, um empresário com cara de cansado e…
— Lee Youngjin!
Ele não sabia o que fazer no meio de toda aquela gente, então olhou em volta.
Alguém lhe deu um tapinha no ombro por trás. Lee Youngjin quase pulou no local como um gato sendo pisoteado pelo rabo. Respirou fundo e se virou.
O ombro subindo como uma montanha foi a primeira coisa que viu. Em seguida, uma cabeça brilhante, antebraços grossos que não podiam ser cobertos por um suéter e dois pares de coxas duras como ferro fundido chamaram sua atenção um após o outro.
— Junghoon!
Lee Youngjin pulou em seus braços com a velocidade mais rápida de sua vida. Então, com os dois braços, ele tateou e abraçou a cintura do outro como um tambor. Todos os movimentos eram lentos o suficiente.
Junghoon riu e deu um tapa na bunda de Lee Youngjin com a palma da mão do tamanho de uma tampa de panela. Foi tão doloroso que as lágrimas brotaram nos cantos dos olhos de Lee Youngjin.
— E aí garoto, como foi o vôo?
O momento que lhe veio à mente foi o de quando um avião descia a pista, duas horas em classe econômica em uma companhia aérea de baixo custo, passageiro ao seu lado roncando sem parar, assentos apertados como nós que não cabem no seu corpo, ruídos estranhos de máquinas desconhecidas. Assim, depois de pensar um pouco nessas coisas, a resposta veio.
— …Foi tudo bem.
Junghoon sorriu por causa dessa lenta resposta. Ao mesmo tempo, estava prestes a levantar Lee Youngjin, quando este cerrou os dentes e deu um passo para trás.
— É sua primeira vez em Xangai?
Perguntou Junghoon.
Não só em Xangai, mas era sua primeira vez fora da Coreia e é a primeira vez que viaja de avião. Lee Youngjin ia responder isso, mas não perdeu tempo quando três ou quatro alunos passaram por ele, rindo. Enquanto isso, Junghoon pegou sua bolsa de Boston. Apenas deixando ir porque parecia inútil resistir.
— Me siga.
Junghoon olhou para ele e levantou o queixo. Lee Youngjin rapidamente seguiu Junghoon se mantendo atrás deste.