Speak Of The Devil - Novel - Capítulo 01
Como de costume na vida, as pessoas às vezes se encontram em situações completamente inesperadas, mas como elas reagem a isso?
Era uma preocupação que eu nunca tinha tido na minha vida, até então. Descubro que a maioria das pessoas congela ou tem uma reação em que o corpo paralisa, e ainda é assim.
Por exemplo, quando você tem um parceiro legal e sai para tomar uma bebida, e no mesmo lugar, você encontra o seu chefe, até aí tudo bem, afinal todos podem ir e vir. O ambiente tem aquelas lâmpadas bem próximas às mesas que mal iluminam a escuridão, álcool à vontade para se distrair e esquecer as atribulações rotineiras, enfim um clube perfeito, ou melhor, mais precisamente um bar gay.
Eu encontrei um parceiro fixo aqui, e sempre que posso venho para liberar o estresse, e depois de bebermos e conversarmos, estávamos saindo quando de repente esbarrei em alguém e ainda sem olhar direito para a pessoa e pedir desculpas. No entanto, quando levantava os olhos, fiquei estarrecido em ver que a pessoa em questão era alguém que jamais pensei em encontrar num lugar desses, como por exemplo, o diretor da empresa em que eu trabalho meu chefe.
Quando cheguei ao quarto com meu parceiro, não conseguia parar de pensar no meu chefe e o que me deixava mais irritado naquela situação toda é que eu ainda não sabia o porquê de eu ficar assim, ele simplesmente passou ao meu lado, me olhou de canto de olhos e fez de conta que não me conhecia, e o pior de tudo, saiu com alguém que não era eu.
Enquanto transava, fiquei imaginando o tipo de conversas que teríamos no escritório, ele tocaria no assunto do bar? Me convidaria para beber com ele? Aquilo tudo estava me deixando neurótico, então pelo resto da noite decidi esquecer que ele existia e resolvi dar atenção ao cara que estava embaixo de mim. O sexo com ele era muito bom.
Minha história não é algo que eu vá ter orgulho de contar quando for mais velho.
Quando era mais novo eu era muito promíscuo, talvez porque eu tenha crescido muito rápido em altura e o cérebro não acompanhou. Minha aparência era muito boa, mas minha personalidade era extremamente desagradável e independente disso eu fazia muito sucesso com as garotas, claro que ficava lisonjeado porque além de ser popular com o público feminino, os professores me viam como um aluno modelo. No ensino médio, meu irmão mais velho, tinha a fama de ser baderneiro e devido a isso eu automaticamente era respeitado, podia debochar de quem quisesse que não tinha problema, e, além disso, meus pais confiavam mais em mim do que nele.
Minha primeira experiência homossexual foi quando eu estava no segundo ano do ensino médio, e depois que experimentei não parei mais, transava tanto com caras como com garotas. O que me deixava entediado nos encontros eram as conversas porque todas elas eram muito chatas, me perguntava qual era o problema em transar e ir embora, e independente disso, todas as oportunidades que eu tive de fazer sexo, eu aproveitei cada uma delas.
Eu era considerado um bom aluno, exceto pelos meus encontros às escondidas atrás da escola, meus pais confiavam plenamente em mim e me apoiaram porque na cabeça deles não passava que eu fosse um pervertido. Quando me formei no ensino médio, meus pais decidiram me mandar estudar nos Estados Unidos, a razão pela qual decidiram isso era para que eu não fosse influenciado pelo meu irmão.
Sendo assim, deixei a Coreia e fui à América, que tinha uma mentalidade mais liberal em relação a sexo, portando não recusei aquele mundo novo que estava se abrindo diante dos meus olhos, enquanto outros caras se masturbavam vendo filme pornô com mulheres orientais ficava orgulhoso de mim por já ter feito sexo com um monte delas.
Enquanto eu estudava e me divertia no exterior, recebi a notícia de que meus pais faleceram num acidente e então voltei à Coreia. Meu irmão mais velho, o único que sobrou da família disse que se eu quisesse eu poderia voltar e terminar a faculdade nos Estados Unidos, porém a morte de meus pais me deixou muito abatido. Naquela época meu irmão já tinha um comportamento suspeito e me garantiu que eu não precisava me preocupar com nada, pois ele daria conta de tudo, e assim ele fez. Eu nem imaginava de onde vinha o dinheiro e continuei minha vida na Coreia sem me preocupar de onde vinha nosso sustento.
Devido a isso, eu só estudava e fui aceito em uma universidade muito bem reconhecida pelo fato de falar inglês fluentemente, além disso, com o meu esforço eu consegui um emprego numa empresa nacional de grande porte.
Minha vida sexual ficou complicada de novo porque eu não poderia mais ser o depravado de sempre, então dei uma sossegada no facho. Me sentia culpado porque não tinha levado nada a sério até então, porque meus pais morreram achando que eu era uma pessoa que não nunca fui, porque meu irmão, que é apenas um ano mais velho do que eu, sempre me protegeu e eu nunca agradeci, claro, agora ele era meu tutor e eu estava muito bem com isso.
Depois que entrei naquela rede hotéis, trabalhava e estudava como qualquer outra pessoa, meu irmão cuidava da vida dele e eu da minha, fiz alguns cursos e testes internos para subir de cargo e seis meses depois me tornei o secretário dele. E assim inicio um novo dia de trabalho, chego cedo, revejo a agenda do dia e vou até a sala dele para repassar os compromissos:
— Senhor, sou eu. O secretário Lee.
— Entre, ele responde.
Meu chefe é Jung Jung Yi-yeon, ele é considerado um diretor da terceira geração. Ele estudou princípios de liderança e administração para assumir os negócios da família. Atualmente ele é o presidente do hotel afiliado do Grupo Zara e as atitudes dele como tal, são a prova da capacidade que ele tem. Eu nunca tinha visto um homem tão bonito na minha vida, nunca pensei que sentiria meu coração disparar por um homem.
Iniciamos o diálogo para a lista de compromissos para hoje:
— Você tem uma reunião às 11 horas, o gerente gostaria de se encontrar com você, devo agendar?
Ele responde: — Sim, faça isso.
A razão para eu ter aceitado esse cargo foi mais por causa desse homem que está na minha frente do que pelo alto salário que me pagam.
— O gerente disse que gostaria de falar sobre a aquisição de um hotel, então já deixei os documentos prontos, — disse a ele.
Ele então pegou os papéis em cima da mesa e os analisava com os olhos fixos, eu olhava para aqueles olhos cabisbaixos e me perguntava como diabos um homem pode ser tão bonito? À medida que lia, seus olhos subiam e desciam e os cílios longos me hipnotizaram ainda mais. Nunca conheci nenhuma mulher com os cílios tão belos assim. Ele se arrumou na cadeira e por um breve momento imaginei aquele corpo lascivo, charmoso e tive uma vontade enorme de ir até ele, sentar no colo, agarrá-lo pela gravata, e beijá-lo sem precisar me conter.
— Vou fazer o café, finalizei a resposta.
Ele acenou com a cabeça sem desviar os olhos dos papéis. Eu acreditava que ele iria levantar os olhos e me olhar, mas porque um homem como ele daria atenção a um funcionário como eu. Então resolvi sair para fazer o café porque se ele precisasse de algo ele me chamaria, virei as costas e quando estava chegando à porta ouço a voz dele me chamando:
— Secretário Lee!
— Sim, senhor!
Ele deu meia volta com o corpo, colocou a mão no queixo e olhando para mim, que estava plantado bem na frente dele, me chamou de novo e perguntou:
— Secretário Lee, qual é mesmo o seu nome?
Por um momento eu não tive senso de humor e meu coração quase parou, pensei em estrangulá-lo. Meu nome é incomum, então quando as pessoas ouvem sei que é difícil esquecer, mas você não está interessado, sou seu secretário há seis meses e já te falei meu nome, mas ao contrário de todas as pessoas você não faz questão de lembrar o meu nome, filho da puta, e embora eu soubesse que você não estava interessado em saber meu nome, coloquei um sorriso na cara e respondi, delicadamente.
— É Lee-nan.
— Lee-nan? Esse -nan que você está usando é o mesmo que deriva de orquídea*?
(* a palavra orquídea é nan-kot.)
Por um momento lembrei-me de seis meses atrás quando me ofereceram esse emprego porque eu trabalhava muito rápido e tinha as qualificações necessárias. Achei estranho, porque até o meu antigo chefe na época, foi o primeiro a me aconselhar para mudar de emprego e cheguei à conclusão de que os meus empregos anteriores foram a experiência necessária para eu chegar até aqui. E agora estou aqui respondendo a mesma pergunta que ele já me fez na entrevista de emprego.
— Uso os caracteres do fogo -naan, respondi com um sorriso entre dentes.
Esqueci um pouco as lembranças do passado e consegui dar uma resposta a tempo, a propósito, o nome do meu irmão mais velho é -Ion, que faz calor.
Os irmãos –Ion e –Naan eram nomes bem famosos no bairro em que morávamos.
— Pensando nisso, eu não sabia o seu nome, — ele me dizia com toda a calma e com aquele sorriso fantástico no rosto.
No momento em que aqueles lábios bem desenhados se arquearam, revelando aqueles dentes brancos, e a voz baixa dele senti um arrepio dos pés à cabeça, quase falei para ele não sorrir daquela forma porque meu coração era fraco. Mas fiquei ali com a cara de paisagem para que ele não desconfiasse de nada.
— Eu disse a mim mesmo que deveria pelo menos saber seu nome, — ele enfatizou e as palavras que se seguiram me abalaram completamente, eu mal conseguia compreender:
— Acho que você será meu secretário até o dia em que morrer, secretário Lee!
Ah! Sério mesmo que ele disse isso, com esse sorriso descarado na cara, e por isso eu deveria te agradecer e dizer que claro, chefe, eu estarei à sua disposição até o dia em que eu morrer, eu nasci pra isso, essa é a verdadeira missão que eu tenho, nasci para ser seu secretário, vou te mimar até meus últimos momentos. O que me deixou pensativo foi que eu não fiquei bravo com as palavras dele, então um homem diz que vai me explorar até a morte, eu escuto tudo isso passivamente, não expressou nenhuma reação, cheguei à conclusão de que sou um masoquista.
Como as palavras de um homem me dizendo para trabalhar para ele até morrer podem ser tão doces. É um trabalho difícil ser secretário de Jung Yi-yeon.
A razão pela qual seus ex-secretários saíram do emprego foi que era muito trabalho para pouco salário. Para ser secretário dele, precisava fazer inúmeras outras funções e, além disso, não tinha um horário exato para sair do escritório, o que impossibilita do funcionário assumir outros compromissos.
O horário de trabalho dele era de acordo com a agenda do dia, alguns dias ele podia jantar em casa, em outros pedíamos comida devido ao excesso de trabalho. Tinha o fato também de fazer pouco caso de seus funcionários como, por exemplo, não saber o nome ou não se interessar se ele tinha uma vida fora do escritório, eu infelizmente não me priorizei e acabei por ficar com ele no escritório até quando toda a agenda tivesse sido cumprida.
No entanto, sobrava pouco tempo para minha vida privada e estava me sentindo cansado física e mentalmente, só não saiu desse emprego por causa dele, na verdade porque eu sairia de um trabalho onde eu ganhava bem e ainda tinha um chefe lindo e gostoso, um verdadeiro colírio para meus olhos, às vezes, só de pensar em sair daqui meu coração quase para.
Hoje foi mais um daqueles dias sobrecarregados, com vários compromissos, sem tempo de ir a um lugar para comer, então fui comprar comida para ele, pedi um hambúrguer duplo e um refrigerante. Demorou mais do que eu queria. Assim que ficou pronto, peguei a comida e fui em direção ao carro porque lá seria o restaurante hoje. Não temos um itinerário fixo para e Jung Yi-yeon é um workaholic, tudo tem que ser adaptado para o dia dele, além disso, preciso ser o motorista dele porque ele não tem um, e agora estou aqui no carro esperando por ele, que geralmente não demora.
Ele era um homem que tinha um brilho especial, os ternos que ele vestia, todos eles, tinham um caimento impecável. Vê-lo caminhando até o carro sob o sol do meio dia, foi o suficiente para me deixar excitado, enquanto ele caminhava na minha direção confesso que fiquei com ciúmes do asfalto e gostaria que ele pisasse em mim também, aliás, o caminhar dele transformou o asfalto numa passarela.
Um corpo esguio, alto, bem torneado, músculos perfeitamente definidos, idade aproximada de trinta anos, ele era um verdadeiro monumento ambulante. Confesso que depois que descobri que ele é gay, eu já não o via com os mesmos olhos.
À medida que ele se aproximava do carro, eu tentava segurar minhas emoções para que ele nem suspeitasse que eu tivesse o mínimo de interesse nele, mesmo porque todo sabe relacionamento entre empregado e patrão nunca dá certo, e eu seria a pessoa quem mais tinha a perder acaso isso acontecesse, ele era o tipo do homem que me trairia com o primeiro que aparecesse na frente dele e sinceramente, eu não tinha estrutura para enfrentar uma situação como essa, mas meu coração sempre acelerava quando estávamos perto um do outro. Eu estava obcecado por Jung Yi-yeon.
Ele entrou no carro e fechou a porta cuidadosamente, eu estava no banco da frente sendo o motorista dele, ele sentou no banco de trás, por incrível que pareça, bem atrás de mim. Ele deveria ter se sentado do outro lado do banco, além disso, tinha o fato de eu estar muito nervoso porque era a primeira vez que eu dirigia um carro com câmbio automático, todos os que eu tinha dirigido para ele até agora, tinham câmbio manual, mas esse não e eu nunca tinha dirigido um desse.
O lado bom de assumir a função de motorista foi que teve um aumento no meu salário e ainda fico próximo da pessoa que gosto, ou seja, para mim está perfeito, estou muito feliz com essa situação, parei de sonhar acordado e antes de ligar o carro perguntei a ele:
— Você gostaria de hambúrguer?
Ele, surpreso, me respondeu:
— Agora? Mas eu acabei de almoçar.
Sim, eu sei que você já almoçou, mas sei também que quando você come peixe cozido, sempre come um hambúrguer para disfarçar o cheiro forte do peixe, é praticamente um enxaguante bucal.
Sei que ele não recusaria, seus hábitos não permitiriam a recusa de um sanduíche duplo, em tão sutilmente ele esticou a mão e ficou esperando eu dar o lanche. Em seguida só ouvi o barulho da embalagem abrindo e o cheiro de hambúrguer praticamente encheu o carro, acho que eu estava mais satisfeito o ouvindo comer do que ele comendo, eu ia dar a partida no carro quando ele me chamou e perguntou:
— Cadê as batatas fritas?
— Achei que você não fosse querer então não comprei, — respondi de imediato.
— Como você sabe disso? — Ele me perguntou completamente indignado.
— Aprendi, limpando o seu carro, respondi sem demora.
— Você não precisa limpar o carro, eu tenho alguém para fazer isso, — ele respondeu.
— Está tudo bem, não é um trabalho difícil. Você gostaria de um café com leite de baunilha? — Perguntei a ele.
— Claro, aceito sim, — ele me respondeu.
Ele era uma pessoa com o péssimo hábito de deixar lixo acumulado no carro e por diversas vezes, enquanto eu fazia a limpeza, sempre encontrava os pacotes de batatas fritas intactos dentro das embalagens, logo, não foi difícil de deduzir que as batatas não são a comida preferida dele, tanto é que quando vou pedir os hambúrgueres, não pego mais o combo completo, sempre peço para tirar as batatas.
A boca dele estava fazendo sons que até então eu nem sequer tinha imaginado, mas eu também faço coisas que eu sequer imaginaria que faria, por exemplo, vasculhar o lixo que ele deixava no carro.
Assim como descobri que ele não gostava de batatas fritas, descobri também vários recibos de hotel, e pelo horário e o nome que tinham no recibo não era difícil de saber do que se tratava. Ele era um frequentador assíduo de bares e hotéis gays, e, enquanto eu tirava aquele lixo me dei conta de quanto meu trabalho me proporciona informação, eu estava ficando extremamente eficiente no meu trabalho de secretário, porém se for para pensar nas informações que eu tenho agora e que não são da minha conta, eu poderia ser facilmente confundido com um perseguidor. Não! Eu não sou um perseguidor, as informações chegam até a mim, não preciso sair procurando por elas.Ele me faz outra pergunta:
— Secretário Lee, você tem alguma doença ocupacional:
— Perdão? — Perguntei sem entender.
— Você é tão gentil que doaria seu fígado se pedissem, ele complementou.
Nessa hora eu senti como se meu coração fosse esmagado, pisoteado, porque ele batia tão forte que o barulho era ensurdecedor. Jamais imaginei que ele falaria algo tão sutil, e assim sem mais nem menos. Meus pais me deram um nome que atrai o calor, no entanto eu nunca fui uma pessoa calorosa, sempre fui racional e egoísta, principalmente nos meus relacionamentos sexuais. Nem mesmo meu chefe anterior tinha dito palavras tão gentis para mim. E ouvir aquilo foi uma sensação maravilhosa, senti meu ego massageado, senti meu esforço e dedicação sendo reconhecidos nesse momento. E sua voz, novamente, me despertou dos meus devaneios.
— Colocando uma colher de açúcar no meu café da manhã, limpando meu carro, você não disse que estava doente, mas estava tomando uma quantidade significativa de analgésicos. Perguntei a você sobre doença ocupacional, porque depois que nos encontramos no bar gay, o seu comportamento está bem incomum, na verdade é extremamente estranho.
Como ele conseguia ser tão óbvio, direto e detalhista. Jamais imaginei que ele prestaria atenção nisso. Quando ele mencionou o bar gay, meu coração disparou, o hambúrguer que ele comeu parecia que estava queimando no meu estômago, eu senti enjoo e comecei a ficar tonto, não caí porque estava sentado no banco do carro.
Depois que eu consegui me recompor, respirei fundo, agi como se assunto fosse o mais normal do mundo e disse a ele:
— Não, de forma alguma. Se eu estiver fazendo algo que eu não deva, por favor, não hesite em me falar.
Minhas mãos ao volante suavam e tremiam tanto que pensei que fossem escorregar, tudo dentro de mim parecia estar convulsionando, eu sinceramente pensei que enfartaria ali mesmo, e quando pensei, enfim, tínhamos encerrado o assunto, olhei pelo retrovisor e vi que ele tinha aquele riso safado no rosto, e sem demora ele continua a falar:
— Você está se referindo a negócios, ou um ambiente de trabalho agradável para mim?
Ainda bem que o sinal ficou vermelho, pisei no freio e parei o carro lentamente, e pude ver pelo retrovisor que ele continuava com aquele sorriso safado no rosto, e eu tremia, batia os dentes e apertava minhas mãos ao volante só em pensar no que viria depois daquela fala e então ele fala, sem nenhum tipo de rodeio:
— Então, vamos fazer sexo?