DID: Transtorno Dissociativo de Personalidade - Capítulo 22
O problema é que não conseguia forçar a marca. Não conseguia se forçar a morder a nuca com força até que seus dentes ficassem presos.
Uma possibilidade seria marcar quando entrasse no cio. No auge dos instintos de ômega, as marcas eram frequentemente feitas inconscientemente.
‘Posso liberar mais feromônios?…Ainda é muito cedo?’
Se lembrou muito bem que o ômega, Seowoon, demorou a reagir aos seus feromônios. E ainda estava se desenvolvendo e estava sempre em alerta, além de ser quase insensível aos feromônios.
Porém, não era possível aumentar a quantidade de feromônio par que a resposta desejada fosse alcançada. O feromônio do alfa nível seis é letal. O colapso poderia vir a qualquer momento. Ele queria brincar com Seowoon por um longo tempo, não quebrá-lo e segurá-lo em suas mãos.
-Uh…hum, a aula acabou?
De repente, a aula de duas horas acabou. Quando ele ouviu um farfalhar ao redor, Seowoon ergueu seu rosto cheio de cicatrizes.
Ele esfregou a bochecha e olhou indefeso.
-Estou com fome e você?
Agora, Seowoon foi direto e gentil. E não estava mais desconfiado de Seoho.
-….
‘Não acho que seja o suficiente abrir as pernas e eu correr pra ele.’
Sempre foi difícil para Seoho entender essa lacuna. Determinar se gosta ou não era rápido para ele, mas outros humanos eram lentos.
Seoho se apaixonou pelo perfume de Hyeong-Jin assim que o cheirou. Ele ainda não entendia muito bem se isso significava que ele iria abrir as pernas ou não.
-…Acho que também estou. O que você quer comer?
Ainda assim, é diferente de quando lhe disseram para agir indiferente, agora está tentando não pisar na bola e errar quanto ao seu gentil hyung, Seoho estava torcendo para não estar errado em suas atitudes.
-Vamos comer na faculdade.
-O que?
-Almoço entre amigos. Vamos naquele restaurante de prédio de tijolos vermelhos.
-Ah…
-Já comi ali e gostei.
Seoho nunca teve amigos.
‘Preciso seguir o fluxo dos acontecimentos.’
Ele assentiu fazendo uma expressão indecifrável que costumava fazer.
-Que bom, eu gosto de lá também.
-OK, vamos lá.
Seowoon parecia um pouco animado.
Parecia até abanar o rabo.
Seoho agarrou a mão de Seowoon, que estava prestes a se levantar primeiro.
-Hyung, espere um pouco antes de irmos….
-Por que?
-Você tem que esconder os feromônios.
-Ah…
Seowoon ainda não sabia se estava liberando feromônio ou não. Se for esse o caso, imaginou que fosse.
Teria sido mais conveniente se o marcasse rapidamente.
Estava preocupado. Se ao menos o Diretor Park tivesse feito algo um pouco antes.
-Ei, um pouco…é constrangedor, então se apresse.
-Mantenha sua cabeça baixa.
Seowoon puxou para baixo a camiseta e deu um toque na nuca.
Seoho fechou os olhos e inalou o feromônio que se espalhava fracamente. Mesmo se colocasse seu nariz na pele, não seria o suficiente.
‘Isso é meu.’
Os lábios de Seoho avidamente cobriram sua pele macia.
* * *
É como uma celebridade.
Assim que Seowoon entrou na lanchonete dos alunos, ele percebeu seu erro.
‘Por que eu pedi para vir aqui?’ Mesmo que apenas ande por aí, as pessoas o olham, e tem medo de comer.
No momento em que Eun Seoho entrou no restaurante, os olhos se encheram de lágrimas. A sensação era várias vezes pior do que quando entrou na sala de aula.
Enquanto segurava uma colher, o som de vozes sussurrando podia ser ouvido de todos os lugares.
‘Vamos apenas sair?’
Seowoon olhou para Seoho.
-O que você vai comer, hyung?
Seoho perguntou, apontando brilhantemente para a máquina de venda automática de vale-refeição.
Não havia nenhum sinal de relutância na expressão de Seoho. Ele parecia tão acostumado com as pessoas olhando assim que nem percebeu.
-… Podemos ir para outro lugar?
-Por que de repente? O menu de hoje não é bom?
-Não, não é isso…
As pessoas provavelmente não estão olhando para Seowoon, mas sim para Seoho, mas por um momento pensou que seria muito imaturo dizer que não conseguia comer porque não gostava dos olhares.
-Você está aqui, Seowoon hyung?
Uma voz familiar soou atrás.
-…Uh?
Seowoon virou a cabeça.
Kwak Lee-Hoon estava olhando para ele com uma cara muito confusa.
-O que aconteceu?
-Ah, isso…ugh?
-O que?
Não era para ele que Lee-Hoon estava olhando com um olhar vazio. Era para Eun Seoho parado ao lado dele.
Seowoon, que estava seguindo o olhar severo, lembrou mais tarde que a última visão de ambos que ele viu foi um momento em que Lee-Hoon estava mais inclinado a denunciar para a polícia do que conversar com Seoho.
Seowoon reflexivamente arrastou Seoho para suas costas. Foi um ato inútil, agora a cabeça de Seoho estava sobre seu ombro.
-Hugh. Seowoon hyung, parece que algo grande aconteceu, então que tal contar o que houve?
-Ugh, o que é? Me conta. De qualquer forma, estou aqui de folga hoje. Não estou com vontade de ir assistir aula.
Então foi pego por seus companheiros. Eles seguraram Lee-Hoon, Seowoon disse para conversarem logo após terminar a aula. Afinal, só tinha que esperar cerca de uma hora pelo fim da aula, então tomaram algumas bebidas.
Seria estranho se encontrar com Lee-Hoon em um café, e coincidentemente, Seowoon estava lá. Seoho também estava.
-Como você está hyung? Por que você está com ele? Hyung, o que aconteceu? Por que você está vestindo essas roupas?
-Roupas?
Seowoon olhou para as roupas de Seoho, que ele havia vestido em vez das deles.
Seoho disse que sabia que suas roupas tinham que ser lavadas e as colocou na máquina de lavar. Achou que as roupas de Seoho seriam muito grandes, mas surpreendentemente, eram o suficiente para vestir com conforto. Seoho emprestou um short de algodão branco e uma camiseta com letras verdes claras. Era estranho porque eram roupas que não usava, mas não era sua intenção deixar as pessoas surpresas.
-O que tem as roupas?
-Quase não te reconheci, hyung. Eun Seoho disse para você usar esse tipo de roupa? Não, calma… você quer usar? Realmente, o que há de errado, o que está acontecendo?
Seowoon não tinha ideia de qual era a marca das pequenas letras bordadas nos bolsos da camiseta, embora o tecido fosse luxuoso, e o bom designer.
Mesmo assim, era verdade que Lee-Hoon era pobre. Ele estava pensando que Seoho tinha feito algo grande, mas agora a situação é diferente.
-Não é grande coisa. Eu peguei roupas emprestadas por um motivo.
-Hyung.
Seoho, depois de interromper a conversa, se inclinou e colocou o queixo no ombro de Seowoon.
-Você não vai escolher o menu? Estou com fome também.
-Oh, desculpe. Espere um minuto.
Seowoon, que tinha uma mandíbula afiada pressionando seu ombro, empurrou levemente a cabeça de Seoho. Ele sorriu suavemente como se estivesse fazendo um papel de bobo.
Lee-Hoon, que estava observando Seoho, abriu a boca como se a cena fosse ridícula.
-Hyung, você se lembra do que ele fez com você? O que mais aconteceu?
-Não vamos falar disso aqui.
Seowoon disse, tentando o seu melhor para empurrar Seoho de seu ombro.
-Temos algumas coisas para resolver, então tenho que ficar na casa dele.
-É trabalho? Saúde? Qual é o problema?
-Não é grande coisa como você pensa. De qualquer forma, não vou falar sobre isso agora, então te vejo mais tarde.
-Hyung.
-Eu falo mais tarde. Vai.
Mesmo enquanto ele dizia essas palavras, Seoho continuou a tocar nele. Não foi o suficiente colocar o queixo nele, então quando ele começou a fazer cócegas como se estivesse enrolado em sua cintura, Seowoon pulou e o agarrou.
Estava claro que Seoho e Lee-Hoon não gostavam muito um do outro. Lee-Hoon não era o tipo de pessoa que bate boca, mas antes que algo aconteça, é melhor mantê-los separados.
Quando agarrou seu pulso e puxou, Seoho o seguiu em silêncio.
-Vamos embora da faculdade, você não vai comer?
-Como outra coisa.
-Porque?
-Nada demais.
-Não é por causa dele né? Eu não me importo.
Seowoon importava.
-Vamos para outro lugar que não seja aqui.
-Então vamos para casa. Vamos comer lá, igual fizemos de manhã.
-Ok.
O ritmo de Seowoon, que estava agarrado a Seoho, acelerou.
Quanto mais isso acontecia, mais olhos ele via, mais ele não se importava.
* * *
Claro, no caminho para casa, Seowoon pensou que haveria pelo menos um supermercado. Porque, na sua cabeça, seria assim.
Porém, na área residencial onde se localizava a casa de Seoho, havia apenas ‘casas’.
Quando ele estava no meio da subida íngreme, ele pegou seu celular e baixou um aplicativo de mapas. Mesmo depois de esfregar os olhos, não havia mercados ou lojas de conveniência, e a loja de conveniência mais próxima era uma filial dentro da universidade.
-…Que absurdo.
Enquanto Seowoon ficava impressionado, Seoho colocou um sorriso no rosto.
-O que foi?
-Não há supermercado.
-Oh, sim. Você estava indo ao supermercado?
-Temos que comer. Você deveria ter comida em casa.
-Ah…isso mesmo.
-O que você costuma comer? Você disse que havia algo na geladeira.
Mas não havia muito para Seowoon tocar. A maioria das coisas que enchiam a geladeira de Seoho eram vegetais, frutas e cogumelos que ele não tinha ideia de como comer.
-Eu não me preocupo com isso.
-Não se preocupa? Então, pra que ter uma geladeira?
-É, hum…vovô às vezes manda pessoas.
-Seu avô, ele…?
-Isso.
Seoho continuou falando e evitando seu olhar vagamente, como se não fosse algo que ele quisesse falar.
-Agradeço que você se preocupe, mas…deixa pra lá. Esse é um problema de família. É uma história que você não precisa ouvir. É complicado e desagradável.
Entendeu que era algo complicado, então Seowoon não o forçou a falar sobre isso.
-Não importa. Não faça isso se não quiser. Eu não preciso saber disso.
Seoho sorriu com uma cara de desculpas.
-Obrigado pela compreensão. Eu era criança quando minha mãe morreu. A pessoa que meu avô enviou me ajudou muito. Um funeral ou um processo legal ou algo assim. Então, tento não pensar mal sobre isso.
-…
Não houve menção específica, mas foi vagamente sentida.
O avô de Seoho fez seu neto, que ficou órfão da noite pro dia, viver sozinho, ao invés de cuidar dele. Ocasionalmente, eles mandavam pessoas para fazer trabalhos. No entanto, ele pagava a mensalidade de Seoho em vez disso.
Parecia que ele se importava muito com isso.
-O que você cozinha quando ninguém aparece?
-Como qualquer coisa da geladeira ou na faculdade.
Então foi como dizer que nunca tinha ido ao supermercado. De qualquer maneira, não havia para onde ir a pé.
-Eu tenho que descer e atravessar a estrada. A partir daqui, é o mais próximo.
Para fazer isso, teria que andar bastante. Vai levar algum tempo.
-Estamos perto. Vamos para casa e eu dirijo.
-Você tem um carro?
-Sim. Era da minha mãe.
-Ah…então você sabe dirigir?
-Eu sei como fazer isso. Vamos ao supermercado?
-Vamos sim.
O estacionamento da vila era espaçoso e bonito. Seoho apontou para o da ponta entre os três carros estacionados um ao lado do outro.
Seowoon não sabia que os três estavam registrados no mesmo nome.
Enquanto os dois estavam no carro, eles decidiram ir a um grande supermercado a duas estações de metrô de distância, em vez de um minimercado da vizinhança.
______ Nota da Lilith:
A obra foi doada por Ah-Ri Novel´s de 1 ao 44 foi feito por ela – Por conta de roubo de tradução estou colocando esse lembrete.
LA MÁFIA TRADUÇÕES (LEIA SOMENTE NOS SITES DE HOSPEDAGENS: YANP, FLUER BLANCHE, COVEN SCAN, BL NOVEL´S E WATTPAD)