DID: Transtorno Dissociativo de Personalidade - Capítulo 06
Comeu e dormiu na sala do PC por dois dias.
Aconteceu porque não havia nada para fazer de urgente. Já se passaram dois dias desde que coloquei sua bunda na cadeira quando percebeu que queria fazer algo sem sair de casa, mas só queria ficar em um lugar lugar.
-Hyung? Hyung!
Enquanto ele dormia com a cabeça apoiada na divisória, o funcionário que chegou para trabalhar veio pelas costas e deu um tapinha em sua cabeça.
-….Acordar pra quê? Me deixa dormir.
-O quê, você já dormiu o bastante. Gostaria de um cachorro-quente?
-Por que de repente?
-O pedido deu errado. Pedi 2 mas veio 3. Eu quero que você coma o que sobrou.
-Ta bom. Come você.
-Não faça isso. Você ainda não comeu nada. Venha aqui comer e estou cheio.
-….
Quando Seowoon não disse nada, o funcionário colocou um cachorro-quente na boca dele.
Ele conhecia Seowoon muito bem agora. O que não significava que ele gostasse disso.
Shin Seowoon tinha uma habilidade secreta de atrair pessoas.
Mesmo que ele parecesse um ser humano chato, ele deixava uma imagem residual na mente das pessoas. Enquanto seus olhos se relaxavam e comia um cachorro-quente como agora, sua boca se movia de uma maneira elegante.
É um pequeno ato, mas continuava chamando atenção.
No começo pensou que fosse ômega. Mas em nenhum momento confirmou e nem mesmo tomou inibidores, então o certo era presumir que era beta.
Na verdade, se fosse um ômega, os alfas já teriam notado.
O funcionário acariciou a cabeça de Seowoon enquanto ele comia cachorro-quente.
Os cantos de seus olhos se ergueram bruscamente.
-O que você está fazendo?
-Hyung. Aquele cachorro-quente que te dei, comprei com meu próprio dinheiro.
-Então o que você quer? Levá-lo pra casa?
-Você já comeu a metade, como outra coisa também. Estou fazendo isso porque quero conhecê-lo, mas o hyung nem mesmo nota isso. Você vai dormir aqui hoje?
Quando o funcionário se virou, Seowoon esfregou a nuca. Seus olhos se estreitaram como se ele estivesse preocupado com os outros.
-…Não sei. Não sei se posso ficar.
-Não faça isso, não vá para outro lugar depois daqui. Não é melhor dormir aqui? Custa o mesmo de sempre.
-Então…não, eu vou.
Seowoon de repente deu uma mordida na metade restante do cachorro-quente e se levantou com o funcionário ainda ao lado dele.
-Eu tenho que ir para casa.
-Oh, por que de repente? Você não passou o tempo aqui? Eu acabei de chegar.
-Já se passaram dois dias, então estou indo embora. Tem cheiro no meu corpo.
-Estamos em uma sala de PC, tem cheiro de cigarro, então você não pode sentir o cheiro que sai de mim.
-Esta é uma área para não fumantes.
-Então cheira o que? A sala de fumo é ali.
O funcionário curvou-se ligeiramente e cheirou.
-Qual é o cheiro? Não consigo sentir o cheiro de nada.
Na verdade, cheirava apenas a ambientador de ambiente, mas acho que tem um cheiro bom para Seowoon, ele gosta.
-É complicado.
-Você realmente está indo?
-Uh.
-Hyung, ainda falta tempo…
O funcionário inconscientemente estendeu a mão e tentou agarrar a bainha da camiseta de Seowoon. Ele acenou com a mão.
-Não insista, eu já vou.
O tom da fala tornou-se cortante. O funcionário largou a roupa dele e deu um passo para trás.
-… Desculpa, hyung. Só disse para não ir. Ainda há tempo. Mas por que você já está indo embora?
-Quero que seu chefe ganhe dinheiro. Tchau.
Seowoon, que tinha calçado os tênis, fez um barulho ao arrastar as solas e desapareceu. Realmente era uma atitude sem arrependimentos.
O funcionário franziu a testa e olhou para o lugar onde Seowoon havia desaparecido.
Parece loucura. Por que você é tão sério?
O funcionário trabalhou duro nisso, mas a reação de Seowoon não mudou em nada.
-Devo desistir? A barreira que ele ergueu é muito forte.
Mas quando penso no rosto que mordeu de novo o cachorro-quente, meus lábios se abrem em um sorriso. Pensando bem, aquele rosto era muito doce.
-…Caramba.
O funcionário, nervosamente, limpou o lugar onde Seowoon havia saído. A cadeira da pessoa que não fuma e raramente pede comida, foi como sempre, quase intocada.
***
Pensar em qualquer comida, aumentava sua fome.
Seowoon estava mexendo em seu celular.
Depois de ficar fora por dois dias, ele ainda não queria ir para casa, e ele não queria satisfazer sua fome sozinho. No entanto, a agenda telefônica não ajudava muito a encontrar algo, não havia ninguém para quem ligar pedindo uma refeição.
-…Eu só queria estar lá.
Pensou no funcionário que costumava estar com ele na sala de PC.
Não que gostasse do funcionário. Era engraçado dizer algo assim sobre ele, cujo nome ainda não sabia, mas não gostava de sua abordagem calorosa, então estava bastante cauteloso.
Ficou se perguntando o que fazer se algo assim acontecesse.
Se você der um presente porque acha que vai ficar tudo bem, a pessoa que o recebeu se afastará lentamente de você por diferentes motivos.
Ir para a faculdade, fazer o dever de casa e ter problemas com a família. Ele teve que dar adeus a essa vida.
Depois de ter essas coisas algumas vezes, ele se tornou solitário, mas Seowoon odiava a sensação de estar sozinho mais do que qualquer outra coisa.
Eventualmente, ele voltou para casa.
Ele não tinha para onde ir e nenhum lugar para onde queria ir.
No caminho até o beco estreito, comprou bolinhos quentes e pãezinhos cozidos no vapor em uma loja.
Fazia parte da sua personalidade. Seowoon não gostava de comida fria. Em vez disso, ver algo quente o deixou estranhamente faminto. Se der uma mordida e dormir, não vai pensar em nada.
-…
Ele pensava que seria assim.
Mas não foi. Em casa, algo muito estranho esperava por ele.
-Quem é você?
Foi tão absurdo que quase deixou cair o saco plástico com os bolinhos.
-Por quê você está aqui?
-Você sabe.
-…O quê?
-Então é assim, sunbae?
Em frente às escadas do quarto de aluguel no sub-subsolo estava o alfa nível seis, que havia apenas dois deles em uma grande faculdade com capacidade para 18 mil estudantes, sentado com as longas pernas dobradas.
Vendo Seowoon, ele lentamente levantou a mão e acenou. Era tarde demais para saudações.
-Onde você foi? Você não ia jantar comigo?
Seoho perguntou enquanto fazia contato visual, mas Seowoon estava confuso se era realmente o caso.
-…Quando?
-Você disse.
-Eu não fiz isso.
-Fez.
-Eu nunca disse. Por que você veio até mim de repente?
Eun Seoho não tinha arrependimentos. Isso era fato.
Mas só de pensar nele, emoções sombrias gritavam em seu coração. Seowoon não gostava de solidão, e Seoho continuava tentando evocar emoções semelhantes.
-Vá. Não tenho nada para comer com você. (N/T: Mas tem cu para ser comido.)
-Você não está curioso?
Seoho se ergueu em suas longas pernas. Quando Seowoon o viu parado no meio da escada, achou que ele era muito alto.
Bem, todos os alfas eram mais altos do que a média. Seis parecia ter que ser maior do que o alfa médio.
-Não estou curioso.
-Você nem ao menos sabe do que se trata.
-O que você quer? Não sou nem próximo de você. Saia da minha frente, quero entrar.
Seoho olhou para a expressão de Seowoon uma vez, sorriu brilhantemente e colocou uma perna na grade.
-Se você ficar curioso, eu saio do caminho.
-… Você é maluco.
Seowoon ponderou se deveria afastá-lo ou se virar. Nesse meio tempo, Seoho falou rapidamente.
-Naquele dia eu fui drogado. Você não está curioso sobre o que aconteceu?
-Veio até aqui para falar sobre isso?
Ele não parecia uma pessoa normal de qualquer maneira.
-Eu vi você trocar os copos.
-…Ah, era isso.
Seoho esticou os lábios de lado e coçou o queixo.
-Estava tão preocupado que ficou de olho em mim. Eu não sabia disso.
Com um rosto bonito e sério, ele sorriu suavemente e tocou o queixo, mas estranhamente, Seowoon não se sentia muito bem.
Talvez não gostasse dele. Não estava claro se ele odiava ou não a sensação de semelhança entre seus olhos e a solidão que sentia.
-Agora que você sabe, vá. Os bolinhos que comprei estão frios.
-Deixe esfriar. Vou comprar um novo para você.
-E quanto ao frio?
-Deixa para lá.
Desta vez teve certeza. Não gostou disso.
-Deixa para lá…Você sabe quanto custa isso.
-Não sei.
-7.500 won. É o dinheiro que ganho limpando a churrasqueira por uma hora em um restaurante de carnes.
Olhos castanhos claros com íris abertos inofensivamente o encararam.
-E daí?
-Não vale a pena essa discussão.
-Qual o problema? Eu vou te comprar um novo. Da na mesma pro sunbae.
Seowoon bufou com raiva.
-E daí que você tem muito dinheiro? É o dinheiro que você gasta por hora, então não tudo bem em jogá-lo fora? Foda-se, essa merda!
-…
Seoho fechou a boca e inclinou a cabeça para o lado. Olhando para o rosto dele, parecia que ele não conseguia entender.
-Seus ouvidos estão entupidos? Que porra!
O homem bloqueando as escadas ainda estava lá.
-Mova-se.
Quando Seowoon o ignorou e tentou passar, Seoho rapidamente se virou e agarrou seu pulso.
-Sunbae.
O som do vento soprando em seus ouvidos fez seu cabelo arrepiar.
-Solte.
-Eu não sou rico.
-…O que está dizendo agora.
Seoho disse com uma expressão séria no rosto, Seowoon estava chocado por causa da atitude dele.
-Foi minha mãe quem herdou a propriedade do meu avô. Antes da morte da minha mãe, devido à má gestão do dinheiro, agora minha fortuna é quase nada.
-… Que?
Era muito diferente do que ele lembrava. Sem saber, piscou seus olhos.
Então, qual é a casa funerária? Era o salão mais caro. Aquelas coroas. Os convidados. Os longos carros com filas intermináveis na entrada da funerária.
-O salário por hora é de 7.500 wons. É um dinheiro precioso para mim também. Estou pagando a mensalidade com parte do benefício por morte da minha mãe.
-Eu fiz…
-Eu só decidi comprar algo porque sou grato ao seu pai. Quero comprar, mas o sunbae não quer nada. Eu ia dizer que, ao invés de jogar fora os bolinhos frios, eu os levo.
-….
Os olhos de Seowoon começaram a tremular.
‘É sério?’
Nos olhos claros de Seoho, não havia estranheza que costuma ser associada à mentira.
-Sunbae.
-…
Seoho inclinou a cabeça um pouco mais. Foi assim que o rosto ficou perto.
Era um rosto admirável. Ele era bonito, e mais nada. Os cílios eram longos e densos. O nariz alto tinha uma ponta arredondada, como uma obra de arte. A linha dos lábios era tão distinta que era quase hipnotizante só de olhar para ele.
-Se eu tivesse tomado a droga sem saber, teria sido difícil. O sunbae que me drogou é filho de uma família muito rica. Eu não posso dizer nada, mesmo que a vítima seja eu. Mesmo se eu morresse, não aconteceria nada com aquele sunbae.
Essas palavras suavizaram a tristeza.
Havia uma lacuna nele apesar de não haver nada em comum, como se fosse um irmão mais novo, mas Seoho não era seu irmão mais novo.
Há uma lacuna onde seus sentimentos podem se infiltrar, se Seowoon a abrir.
-Eu não estou mentindo. Confie em mim.
-Naquela…Certo. Tudo bem, guarde seu sentimento.
Seoho olhou para ele com olhos um tanto tristes.
-Vamos comer esses bolinhos juntos. Se você ainda estiver com fome depois de comer, vou pagar uma refeição para você.
-…
Infelizmente, Seowoon não podia recusar.
Seoho era diferente do funcionário da sala de PC.
Seoho tem uma lacuna.
______ Nota da Lilith:
A obra foi doada por Ah-Ri Novel´s de 1 ao 44 foi feito por ela – Por conta de roubo de tradução estou colocando esse lembrete.
LA MÁFIA TRADUÇÕES (LEIA SOMENTE NOS SITES DE HOSPEDAGENS: YANP, FLUER BLANCHE, COVEN SCAN, BL NOVEL´S E WATTPAD)