Afogamento Seco - Novel - Capítulo 4
Ian não havia visto pessoas saindo da mansão ou conversando pacificamente assim nas últimas duas semanas.
No momento em que os portões do castelo se abriram, as festividades começaram.
Ele nem percebeu em que momento o som ensurdecedor das trombetas parou.
Parecia cena de um filme medieval antigo.
Apesar do forte vento, alcançando a sacada para observar a parada. Suas mãos estavam apoiadas nas grades.
Conforme a multidão se aproximava da mansão, um cheiro ruim foi trazido pelo vento.
Mesmo que seu olfato fosse muito sensível, o fato de que podia sentir o cheiro do quarto andar, não havia dúvidas sobre o que ele estava fazendo.
Espadas e lanças balançavam em suas cinturas e em suas costas. Olhando fixamente para o reflexo do sol quando a multidão chegou ao jardim da mansão, segurando firmemente as rédeas.
As pessoas que estavam perto pararam com os aplausos e pareciam satisfeitas, por algum motivo.
— Você está vivo!
Ao mesmo tempo, toda atenção se voltou para ele. Por um breve momento de silêncio, ele se perguntou para onde aquela atmosfera festiva de antes tinha ido.
Dúzias de rostos se viraram naquela direção, mas Ian, recebeu toda a atenção, virando sua cabeça levemente na direção do som da voz sem sequer mexer as sobrancelhas.
— ……
‘O que você está olhando?’
Ele queria perguntar isso, mas infelizmente não pode falar.
Enquanto caminhavam pelas ruas, eles relaxaram seus braços, com o sentimento de um viajante que ficou preso a uma disputa, e de repente vozes altas foram ouvidas. Como de costume, os homens que estavam de guarda no andar de baixo, levantaram suas cabeças e gritaram, mas foram moderadamente ignorados pelos outros. Suas expressões não puderam ser vistas apropriadamente por causa da distância, mas certamente não havia uma atmosfera amigável.
Ian não pode ouvir uma palavra sequer.
Às vezes a palavra “Rox” era mencionada, mas não sabia o que significava. É uma palavra estranhamente familiar, ele já havia ouvido dela algumas vezes na mansão. No entanto, não havia mais nada para observar. Ian não pude achar nenhum motivo para continuar assistindo, então ele estava prestes a voltar para o quarto.
Naquele momento, alguém saltou do cavalo logo em frente. Foi apenas um passo delicado no chão, mas tudo ficou quieto.
Diferente dos outros que usavam armadura, este usava um uniforme que o fazia parecer alto mesmo de longe. Ian não consegue ver seu rosto por causa do ângulo, mas está claro que a atenção de todos está voltada para ele.
Ele finalmente percebeu.
O mestre de quem Ed comentou, ele voltou.
— Ele teve uma jornada difícil, poderá conhecer o mestre em algum momento amanhã.
Depois de um tempo, Ed entrou no quarto, colocou a comida na mesa e deu as notícias. Ele estava sempre sorrindo, e embora Ian não conseguisse decifrar os seus sentimentos, parecia que ele estava de bom humor hoje.
Ele perguntou se isso é bom.
Ele olhou para cima, talvez porque tenha percebido o óbvio olhar fixo. Enquanto Ian estava trancado por duas semanas, ele teve algo parecido com uma conversa com ele. Não, não sei se ele pôde, mas foi esse velho mordomo quem ele mais pôde conhecer.
Ian não podia falar mesmo que ele quisesse saber como as coisas estavam indo, então sabia muito pouco e o mordomo não falou nada que não fosse necessário.
Até agora, ele havia pensado que tudo isso era um sonho, então encarou-o com leveza, mas no momento em que ele viu aquele homem, um sentimento de ansiedade repentina tomou conta de si mesmo.
Aquele sentimento foi tão raro que Ia simplesmente quis conversar com alguém desde que acordou. Tudo que ele fez foi estalar os dedos.
A ação foi quase um enigma, mas Ed, que tinha um sentido fantasma, pareceu entender em um olhar, e então, pedindo por um momento, ele saiu.
Ele voltou um pouco mais tarde com uma caneta tinteiro, um pote de tinta e papel e entregou a bandeja em suas mãos.
— Você pode escrever aqui.
Ele só precisava de uma caneta e um caderno, isso foi um exagero.
Entretanto Ian não podia reclamar, então ele abriu o pote de tinta que foi entregue e mergulhou a caneta na tinta.
‘O que eu deveria perguntar primeiro?’
As dúvidas são infinitas, mas ele decidiu começar com a mais importante.
— Umm….
A expressão do Ed estava muito sutil quando ele recebeu o papel dele com a pergunta sobre onde ele estava. Depois de várias observações cuidadosas, Ed começou a falar com ele.
— Me desculpe, você poderia escrever em Shetier?
[n/T: Shetier é o idioma da terra deles]
‘Sobre o que ele estava falando?’
Quando Ian inclinou sua cabeça por causa das palavras que ele havia ouvido pela primeira vez, ele me explicou que ele não conhecia o idioma de Rox muito bem. Quando percebeu que ele não podia ler inglês escrito em letra cursiva, Ian tentou escrever em espanhol, mas ele não conseguiu ler isso também.
Como ele tinha que receber pedidos por causa do seu trabalho, ele podia pelo menos ter uma simples conversa em outras línguas. Ele escreveu várias coisas diferentes, mas nenhuma das palavras foram reconhecidas por Ed.
Apenas para garantir, Ian até escrevia em coreano, mas só um grunhido atrapalhado foi ouvido.
Ele consegue entender suas palavras perfeitamente então o que é tudo isso?
Ele foi incapaz de se expressar apropriadamente, mas não havia mais o que tentar. Ed, que parecia ter entendido a situação de forma grosseira, falou depois de um breve silêncio.
— Nós vamos achar um jeito. É melhor você descansar e comer primeiro hoje.
Edward era linguisticamente dotado, e enquanto ele não pudesse dominar uma língua estrangeira em apenas um dia, não havia nenhuma solução. No entanto, Ian, que já havia desistido da situação em si, assentiu sem entender e levantou a colher.
Foi só quando metade da sopa de batata temperada foi esvaziada que a colher foi abaixada. Ele balançou a cabeça e bateu na mesa quando lhe disseram para comer um pouco mais.
Ele pretendia comer mais depois de um tempo, mas Ed, que logo entendeu, disse que sabia e deixou a bandeja. Com um raciocínio tão rápido, ficou claro que ele nunca sentiu a falta de comunicação.
Não foi até que a porta foi fechada e o som dos passos distantes começou a desaparecer que Ian empurrou o dedo em sua boca. Ele habilmente tocou no esôfago algumas vezes e conseguiu vomitar o que havia consumido.
Depois de vomitar cerca de metade da sopa na tigela, derramando tudo no chão. Quando derrubou a tigela como se fosse um acidente, ele ouviu um som agudo de algo se quebrando.
Surpreendentemente, a porta se abriu e a empregada entrou para limpar os pedaços quebrados depois de um tempo.
Vendo que Ed não veio, ele assume que ele tinha ido ver seu mestre.
Ele teve que fazer uma cara de sono enquanto a empregada estava olhando para si mesmo depois de terminar a limpeza. Depois que voltou para a cama e fechou os olhos, ouviu a porta se fechar.
— …..
Ele percebeu que havia remédios nas suas refeições há muito tempo atrás.
Não era uma condição física normal dormir tão pouco, e os remédios conseguiram passar despercebidos pelos primeiros dias, mas é isso.
Devido aos seus trabalhos, Ian costumava ficar acordado a noite toda. Dormia apenas quatro horas no máximo, mesmo quando foi forçado a isso.
Portanto, não fazia sentido que ele conseguisse passar mais do que metade do dia dormindo durante tantos dias. Quando percebeu que uma vez que dormia, era difícil acordar, encontrou Ed mexendo em sua comida.
A razão pela qual Ian não disse nada mesmo sabendo foi porque ele não tinha o poder de fazer nada.
Em vez de reagir a essas atitudes, é melhor apenas tomar os medicamentos como um filhote obediente.
No passado, nunca teria sonhado em fazer isso, mas depois que acordou, ficava atolado em extrema letargia.
‘Isso é sonho ou realidade?’
Quando saiu da cama, viu o terraço vazio.
Não tenha escolha a não ser verificar neste momento.
Confirmando que o corredor estava vazio, Ian aproximou-se lentamente do terraço sem fazer barulho. A escuridão do lado de fora era como a de uma ilha remota. Ele, com um rosto inexpressivo, abriu a porta com um clique e deu um passo para o lado de fora.
— Olá.
Ouviu uma voz atrás dele .
Virando a cabeça lentamente e viu um jovem sorrindo nitidamente.
Não era comum vê-lo pisando com cuidado na parede de pedra perto da janela, apoiando o queixo e sorrindo.
— Por favor, diga algo legal e volte.
Era uma noite escura, mas o cabelo refletido no luar era quase roxo. Era uma cor difícil de ver na realidade, mas o que mais se destacava era o rosto do homem.
Há letras pretas gravadas na pele.
Eles encheram a bochecha esquerda do homem e continuaram sob seu pescoço, como se ele tivesse sido rabiscado com objetos pontiagudos.
Ele não conseguiu ler as palavras aqui, mas entendeu que não era uma frase elegante como uma passagem da Bíblia.
O canto da boca do homem se ergueu como se ele soubesse onde ele estava olhando.
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LILITH TRADUÇÕES (Créditos aos capítulos de 1 ao 20 pela Coven Scan)
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