A Um Passo do Inferno - Novel - Capítulo 00- Prólogo
Era uma noite sem lua e obscura. Dentro da floresta densa, um garoto de 10 anos estava correndo em uma estrada escura, onde ele nem conseguia ver as palmas das mãos. Usando uma camisola na altura dos joelhos ele estava correndo por sua vida como Alice no País das Maravilhas. Além de seu rosto e mãos, suas roupas estavam manchadas de sangue de outra pessoa.
O garoto vagou pelos arbustos com as pernas bambas. Ele estava sem fôlego, então não tinha ideia de onde estava ou para onde estava indo, mas continuou a mover suas pernas diligentemente, sem saber quanto tempo tinha passado.
— ……!
O garoto engasgou e caiu pela frente. Ele tropeçou em uma raiz e caiu. As meias brancas abaixo dos joelhos foram rasgadas e encharcadas em terra preta e sangue vermelho em um instante.
Apesar das grandes feridas do seu corpo. O garoto levantou-se e correu novamente. Porém, antes que pudesse dar dois passos, ele tropeçou novamente e caiu no chão. Por mais que ele tentasse, não conseguia andar direito.
Um coaxar, de um corvo foi ouvido. Parecia uma zombaria, então o garoto mordeu os maxilares e olhou para a escuridão. Enquanto ele tentava se levantar , o corvo que estava pousado no galho voou para longe e grasnou zombeteiramente com sua queda desajeitada, então virou e desapareceu na escuridão.
Depois de olhar para a coisa preta por muito tempo, o garoto se levantou e voltou a andar. Então, logo caiu novamente. Joelhos e braços dobrados no chão de terra convulsionaram. Ele não conseguia se levantar, não importava o quanto ele tentasse forçar os seus joelhos.
Nesse momento ele olhou para trás. Como se estivesse ouvindo uma voz chamando-o de longe, talvez não fosse uma ilusão, mas o som de passos esmagando as folhas do chão estava cada vez mais nítido.
Temendo que ele poderia ser pego pelo o perseguidor. Ele tinha certeza que desta vez, ele ia ser espancado até a morte. Mais cedo o garoto estava sendo puxado pela nuca. Então para se proteger ele pediu um grampo de cabelo na coxa da pessoa, fazendo os seus passos diminuírem, porém, a mão que agarra seu cabelo era mais rápida e afiada do que o normal. Foi o suficiente para poder querer matar uma criança de 10 anos.
Quando o grampo de cabelo perfurou a coxa branca, o sangue escorria da perna. Seu rosto estava vermelho e contorcido. O homem estava suando frio e cuspindo palavrões enquanto gritava seu nome atacando como um demônio. Era vívido quando seus dedos corriam pelo seu cabelo. Se estivesse apenas um dedo mais perto, ele já teria sido espancado até a morte.
O garoto engasgou e olhou em volta. Pegando uma pedra um pouco maior que seu punho e um galho de árvore. Enquanto arrastava suas pernas para se esconder atrás de uma árvore, seu rosto corou e o seu coração disparou. Lágrimas escorriam incessantemente pelo seu rosto.
Os passos estavam se aproximando. O som de farfalhar no mato podia ser ouvido a alguns metros de distância. A luz que o homem segurava iluminava os arredores. Ele sabia que o encontraria mais cedo ou mais tarde.
Anos vivendo com esse animal. Fugindo como rato. E sendo pego todas as vezes. Os palavrões do homem foram ouvidos junto com o som de sua respiração pesada, enquanto vagava pelos os arbustos de repente parou de se mover.
— É por aqui.
O cara disse severamente. Risadas malucas fluíram pelo ar. Uma lanterna iluminou os arredores.
Suas costas estavam queimando. Seu coração batia tão rápido que ele pensou que a outra parte pudesse ouvir. Ele tremeu enquanto segurava pedras e galhos firmemente em impossível escapar de suas garras. Era ainda mais impossível matá-lo atacando primeiro. Ele era um adulto com um corpo enorme contra uma criança que nem conseguia andar direito. A razão pela qual foi capaz de esfaqueá-lo na coxa foi porque ele estava sem as calças e com a virilha à mostra.
Não havia nenhum jeito de sair daquela situação, não importava o que ele fizesse.
A luz que chegava cada vez mais perto, como se procurasse a si mesma, parou bem atrás da árvore. Ele sabia instintivamente que o havia encontrado.
O som de passos, pesados como se a morte estivesse chegado, veio de trás. Sua respiração ficou presa impedindo de respirar. Ele sentia como se fosse sufocar até a morte. A luz brilhante da lanterna fez sua sombra brilhar em uma cor mais escura, foi nesse momento que a sombra negra se estendeu.
— Por que não buscar a Deus? — Uma vozinha sussurrou em seu ouvido. A criança arregalou os olhos e olhou ao redor. Sem saber, balançou o galho que segurava com força e a coisa preta passou voando por ele. A criança olhou para ele sem piscar. E a sombra preta recuou.
Por um momento, ele sentiu um arrepio em sua nuca, mordendo os lábios ele olhou para trás. Achando que tinha sentido uma presença de alguém como se pegasse por trás, mas não havia nada nas costas dele. Até a luz que estava piscando pouco antes havia desaparecido.
O garoto engasgou e olhou em volta. Exceto pelo som de sua própria respiração, tudo estava quieto.
— Por que você não procura?
Ele levantou sua cabeça em surpresa com a voz repentina, e algo se moveu no escuro. Inclinando a cabeça ele disse:
— O que?
Enquanto limpava o suor frio de sua nuca, ele ouviu a voz novamente.
— O ser humano não procura sempre a Deus nos momentos difíceis?
Dedos frios acariciavam sua nuca. Quando olhou para trás com espanto, a coisa preta passou novamente.
— Se ajoelhando, colocando as mãos juntas e rezando pedindo por ajuda. Clamando pela sua misericórdia, esperando que pelo menos atendesse seu pedido, por que não?
Quando o garoto moveu sua cabeça novamente, a coisa parada na sua frente perguntou em voz baixa e rouca. Era um som assustador, como o rangido de uma velha dobradiça de porta.
Enquanto prendia a respiração, ele fechou a boca, aquilo veio bem na frente dos seus olhos.
— Responda-me, criança.
Dedos gelados envolveram seu pescoço, como se o estrangulasse. Deixando todo o seu corpo trêmulo que parecia congelar seu coração.
O homem cobriu todo o seu corpo e rosto com um manto preto. Parecia um ceifador. Talvez ele fosse realmente um ceifeiro.
Foi estrangulado e sua cabeça foi forçada para trás para que ele pudesse ver o interior de seu capuz.
Havia somente a escuridão, algo mais escuro que a escuridão estava nele.
Enquanto olhava para as duas áreas mais escuras, talvez os olhos, o garoto sentiu como se estivesse prestes a ser sugado por eles.
— Porque Deus não existe.
Respondendo enquanto recuperava o fôlego da mão que o agarrava, ele foi obrigado a responder, ele inclinou a cabeça como se estivesse pensando.
— Você gostaria que ele existisse?
— Se existe um deus, seria muito injusto….
Se realmente existisse um Deus, ele ficaria com raiva e odiaria.
Uma criança que foi abandonada quando nasceu. Ele não sabia quem eram seus pais e por que eles o abandonaram. Ele foi adotado por um casal americano que disse querer desesperadamente um filho, mas o casal se divorciou antes de ele completar sete anos. O diretor do orfanato, que foi abandonado por seus pais duas vezes quando jovem, o atacou e abusou sexualmente dele o tempo todo. Incapaz de conter a virilha fedorenta e os órgãos genitais que foram enfiados em sua boca, ele esfaqueou a coxa com um grampo de cabelo e fugiu, mas agora ele estava segurando uma lanterna e uma machadinha nas costas.
A criança estava realmente farta da vida e era terrível. Pode ser engraçado dizer uma coisa dessas tendo apenas 10 anos, mas viver desse jeito era um verdadeiro inferno para ele. Que nunca teve nada que realmente quisesse, apenas perdas.
Se Deus existe, levando uma vida desse jeito, ele se sentiria injusto.
Deus, que diz ser benevolente com todos, é irresponsável e cruel com uma criança.
— É melhor não. Porque eu não preciso disso.
Com as palavras do garoto, o humano negro sorriu languidamente, com sua voz murmurando cruelmente era como arranhar ferro.
De repente, ele se agachou e se aproximou, um hálito surpreendentemente quente chegou aos seus ouvidos gelados.
— Se não há necessidade de Deus, que tal o Demônio?
Ele piscou e olhou para ele, o homem riu novamente. Parecia que algo cheirava perigoso.
— Que tal rezar ao demônio?
Falou sedutoramente em voz baixa. Era um som de metal áspero, mas não era um som que ele não queria ouvir.
— Você… Você é um demônio.
Ele, o demônio, acariciou a bochecha da criança com a mão fria. Parecia dizer que estava correto. O garoto engoliu seco e olhou para ele, com seu coração batendo descontrolado.
Em uma noite escura e sem lua, em uma floresta que cheira a umidade, a criança conheceu o demônio.
— Faça um contrato comigo. E vou lhe dar três desejo.
O demônio manchado com a escuridão sussurrou docemente. A mão fria parecia quente em algum momento.
— Faço tudo o que Deus não faria. Vingança, riqueza e glória sem precedentes, glória brilhante, um amor… O que você desejar.
‘Deveria dar àquele homem que é menos que um porco um fim terrível? Que tal viver uma vida mais nobre do que qualquer outra pessoa, em vez de viver uma vida pobre e suja como esta? Ou ter o maior talento que todos te admiram, e até o amor de qualquer pessoa. Tudo que eu quiser.’
O sussurro do demônio pareceu derreter seus ouvidos. A voz rouca de repente se transformou em uma voz baixa e fria. O cheiro que parecia à primeira vista tornou-se mais denso antes que ele percebesse, e era denso como se estivesse sentado em um campo de flores. Onde quer que a mão do demônio tocasse, uma energia quente circulava, a bainha rasgada e suja de suas roupas ficou limpa e seu joelho sangrando foi curado.
— A vida é chata? O mundo só é duro com você? Se você segurar essa mão, tudo ficará mais confortável. — Ele estendeu a mão como se estivesse dando uma resposta fácil. Achando que as mãos dos demônios seriam negras e cabeludas ou teriam unhas compridas e assustadoras, mas a mão estendida era branca e linda, unhas bem cuidadas e juntas compridas estavam em algum lugar irreal.
A criança olhou para suas mãos, manchadas de sujeira e sangue.
— Nada para se preocupar. — Ele ergueu a cabeça e olhou para o demônio, e o demônio pegou o garoto hesitante pela mão e a conduziu. O garoto observou com inquietação sua mão suja repousar sobre a mão branca.
— Me diga o que você quer. Farei qualquer coisa por você.
— Qual é o preço?
O demônio hesitou por um momento quando antes de responder a pergunta . A criança levantou os olhos novamente e olhou diretamente para ele.
— O que você vai tirar de mim em troca da realização do meu desejo?
A criança olhou para o rosto do demônio no manto. Estava tudo escuro, mas quanto mais ele olhava, mais parecia que algo como uma sombra se refletia. O demônio inclinou ligeiramente a cabeça da escuridão.
— Nós iremos…
Enquanto o demônio murmurava, a escuridão dentro do manto se moveu. Ele podia ver seus lábios se movendo com o som.
— Não importa o que você dizer, vou levá-lo comigo quando fechar os olhos, você pode viver pensando que terá uma vida feliz, realizará todos os seus desejos. Ou morrer aqui. Após a morte, não importa o que eu leve, certo?
— Você vai me levar com você quando eu morrer?
— Sim. E se você não assinar um contrato comigo agora, você vai morrer aqui mesmo, então o que mais importa?— Um flash de luz azul iluminou os arredores e o diretor desapareceu e apareceu. Segurando uma lanterna em uma das mãos e uma machadinha na outra, ele tinha um rosto assustador. Até a bainha limpa da camisola e o joelho curado voltaram ao normal. Um arrepio percorreu todo o seu corpo, e o frio se derramou. Enquanto fugia do diretor, ele nem sabia que o ambiente estava frio, mas quando o calor desapareceu, seu corpo estava gelado o suficiente para doer seus ossos.
— …..
A luz azul se foi. Foi um flash de luz, como um flash de relâmpago. Quando a luz azul se apagou, o diretor não foi mais visto e arredores seu corpo estava bem. O silêncio retornou e uma escuridão pacífica havia caído.
Tudo parecia uma ilusão, mas o frio que percorria seu corpo não passava. Seus ombros encolheram e as pontas dos dedos estavam frias. Quando levantou sua cabeça, o demônio estava parado em sua frente.
— Qual é sua escolha?
O demônio perguntou brevemente. O garoto lambeu os lábios e apertou a ponta dos dedos. Ele não tinha escolha, e o demônio sabia exatamente disso. Mesmo que a oferta dele não fosse tão doce, agora a criança tinha que aceitar.
— Eu aceito. Vou fazer o contrato….
Quando respondeu, algo se cravou na sua nuca antes que pudesse terminar suas palavras. Havia uma sensação de insetos rastejando em sua nuca. O vento soprava sob seus pés e balançava seu cabelo e a bainha de sua roupa. Um calor estranho e sufocante penetrou no garoto.
Cambaleando, a criança se ajoelhou como se fosse cair. As vestes negras do demônio estavam agarradas com as duas mãos, como se ele se agarrasse a tudo o que pudesse para não cair. Quando levantou sua cabeça, o demônio estava longe de ser encontrado.
— Eu concederei seus três desejos.
Uma voz saiu do ar e logo desapareceu. A criança olhou ao seu redor com os lábios entreabertos.
De repente, o som do vento foi ouvido. Ouvindo alguém se aproximando por trás. Ele abaixou a cabeça, viu seus joelhos sujos e sangrentos, as sombras balançavam para frente e para trás na luz atrás dele. O diretor estava se aproximando.
— Eu vou te encontrar.
A voz venenosa prendeu sua respiração. O garoto piscou como se tivesse acabado de acordar de um sonho e engoliu em seco. Parecia um sonho muito breve. Se não fosse pelo galho em sua mão, ele teria pensado que estava sonhando. A criança apertou o pano preto restante com força em sua mão.
— Aqui você está se escondendo?
Uma luz brilhou diante dos seus olhos. Era deslumbrante e o calor quente estava saindo de sua mente. Uma mão violenta puxou seu pulso. Antes mesmo de perceber a situação, sentiu um baque na bochecha e uma dor forte. Ele nem sabia que tinha caído até então, mas o chão de terra esfregou seu rosto enquanto chutes brotaram.
O sangue escorria de seu nariz e um cheiro salgado e de peixe vibrou de sua boca. Seu cabelo despenteado estava molhado de sangue e grudado em sua bochecha. Quando olhou para cima, o diretor estava respirando pesadamente com uma cara assustada.
— Como você ousa fazer isso e fugir? Sua vadia!
Uma cadela com um cachorro, uma cadela que está prestes a ser rasgada até a morte, os chutes ecoaram novamente junto com palavrões ásperos. Perdendo a consciência por um instante porque não conseguia respirar. Depois de ser espancado por um tempo, o cabelo foi puxado e o corpo foi levantado.
Cof,cof……, Enquanto tossia o sangue escorria pela sua boca, seus olhos estavam inchados e sua visão embaçada. O diretor, que mexeu a perna dolorida de tanto espancar a criança, respirava pesadamente, talvez sem fôlego. O diretor, que estava olhando para a criança por um tempo, olhou em volta. Quando encontrava alguma coisa, jogava a criança nela, avançava e se abaixava para pegá-la. A criança estava deitada de bruços no chão de terra e olhava fixamente enquanto ele pegava a machadinha.
Nesse momento um raio caiu como se fosse chover, iluminando os arredores com uma luz azul. Olhando para trás, o rosto do diretor era aterrorizante.
A criança baixou o olhar enquanto tentava recuperar o fôlego. E olhou para o manto preto de sua mão.
— Uma cadela como você não tem graça, é assim… …
O diretor ofegou e murmurou, as gotas de água caíram pesadamente. A névoa era espessa e cheirava a umidade, e então a chuva começou a cair do céu. O diretor olhou para o céu, cuspiu, pegou a machadinha e foi embora.
ZAP!, um raio atinge novamente. O diretor estava rindo e se exibindo, enquanto seus olhos brilhantes de vida. Ele ergueu o machado.
— Eu quero….
A criança franziu os lábios e disse.
— Mate-o….
No momento em que essas palavras saíram de sua boca, a chuva caiu violentamente. A vozinha do garoto, que não seria ouvida mesmo que colocasse os ouvidos perto de sua boca, estava completamente abafada pelo som da chuva.
ZAP!, um raio atinge novamente. Algo passou enquanto a luz azul iluminava o mundo.
— O que é… Aagh!
E foi quase simultâneo. Um grito rasgante cobriu a floresta mais rápido que a luz. As luzes se apagaram e o mundo escureceu, mas os gritos continuaram.
— Ahhh! Não, não..nãoooo! — Um som medonho de carne e ossos quebrando ecoou várias vezes, acompanhado pelos gritos.
PAFT…PAFT…. O som cruel continuou enquanto os gritos ficavam menores e mais fracos.
Finalmente, o mundo foi preenchido apenas com o som da chuva.
O cheiro de sangue desapareceu na chuva torrencial, e algo caiu na frente do colo da criança. Era um colar de cruz de prata que o diretor sempre usava. E o sangue no colar foi rapidamente lavados pela chuva.
— Primeiro desejo. Você ouviu claramente.
Ele ouviu aquela voz rouca novamente. O som da chuva torrencial enfraqueceu e parou lentamente.
A criança piscou e enxugou as lágrimas dos olhos. Todo o seu corpo tremeu. Ele não sabia se esse tremor no coração era devido ao frio ou algum outro motivo. Quando ele levantou a cabeça e tentou se levantar, uma mão quente agarrou o pulso fino da criança.
— Aqui.
Seu rosto estava uma bagunça. O demônio estendeu a mão e enxugou os olhos da criança. Quando levantou sua cabeça para a mão quente, o demônio mostrou o seu rosto.
Ele sempre pensou que os demônios eram feios. Uma criatura repugnante com rosto cinza e cabelos grossos. Mas nunca tinha imaginado que esses monstros com aparências que contrastavam perfeitamente com lindos anjos.
No entanto, o homem parado na frente dele não era feio. Sua voz não era tão rouca como era há pouco tempo atrás. Era um som baixo e agradável. Embora sua aparência e voz fossem completamente diferentes, ele sabia instintivamente que aquele demônio. Havia uma estranha sensação de intimidação.
A criança olhou para o pescoço do homem, suas bochechas e seus olhos. Entre os olhos afiados, olhos de uma cor única podiam ser vistos. É uma cor quente, mas quando seus sonhos se encontraram, o interior de sua garganta ficou congelado como se ele tivesse comido gelo.
— Jane.
Ao som do chamado, o garoto deu meio passo para trás. Com os pulsos parados, o demônio se abaixou um pouco mais e se aproximou. Os olhos de cores raras estavam muito próximos.
— O cara que você me pediu para matar antes o chamou assim. Esse é o seu nome?
— Não, não.
O garoto balançou a cabeça em negação, esse não era o nome dele. Foi uma palavra que o diretor usou para se insultar.
— Então? — Ele perguntou, inclinando a cabeça. Sua voz era suave, mas seus olhos estavam secos. Não era uma pergunta sobre o nome. A criança olhou para o demônio com olhos confusos.
— O que você é?
— Ham?
— Qual é o seu nome?
Com a pergunta do garoto, o demônio endireitou as costas e olhou para ele. Quando o homem já alto endireitou as costas e olhou para ele apenas com os olhos baixos, uma apenas estranha sensação de intimidação cresceu. Seus joelhos tremiam. Era como se algo tivesse tocado algo perigoso.
O garoto deu um passo e outro passo para trás. O demônio soltou sua mão, e ele deu três ou quatro passos para trás e olhou para o demônio como se estivesse fugindo.
Ele estava sorrindo, mais assustado do que mais ameaçador.
— Estou perguntando qual é o seu nome.
— Por que?
A testa do demônio franziu ligeiramente. Um olhar ligeiramente irritado se misturava com os olhos luminosos.
— Digamos que essa não parece uma história muito importante.
O demônio acenou com a mão levemente para perturbar o ar e avançou, quando o garoto cambaleou para trás, o demônio parou.
— Por que você está fugindo? Vamos, faça um segundo desejo.
— Primeiro me diga o seu nome.
Sem saber porque as palavras saíram de sua boca. Seu coração batia forte e seus joelhos doloridos tremiam. Os olhos do demônio ficaram frios diante de suas palavras.
— Esse é um desejo que não pode ser concedido.
O demônio disse com um tom de aborrecimento que eram evidentes em seus olhos.
— Você disse qualquer coisa, mentiroso.
Ele não conseguia parar de dizer que era um mentiroso, então de repente fechou a boca. O demônio, que estava a cinco ou seis passos de distância, estava parado na sua frente antes que percebesse.
— Demônios…. — Ele se inclinou e disse em um sussurro. — Não pense que matar um empreiteiro é uma tarefa fácil.
Uma respiração quente chegou aos seus ouvidos. Arrepios se formaram em sua nuca, e o garoto levantou a mão e a envolveu o pescoço. De repente, as pernas que mal seguravam cederam, o demônio estalou a língua ao se sentar no chão. Assim que ele apontou o polegar e o indicador, o sangue que escorria de seu joelho parou. Não estava completamente melhor, mas a dor era menor. Era uma dor que ele havia esquecido completamente.
— Diga-me seu segundo desejo.
O demônio estendeu a mão e disse. O garoto olhou para a mão branca, mas em vez de segurá-la, ergueu os olhos e olhou para ele.
— Por que você não pode me dizer?
— Esse é o seu segundo desejo?
O diabo olhando para baixo. Após um momento de hesitação, o garoto engoliu seco e assentiu. Ele sabia que estava na encruzilhada do destino, mas algo instintivo prevaleceu sobre o julgamento racional. A razão pela qual ele não podia desperdiçar o seu segundo desejo em algo assim foi engolido junto com a saliva.
— Não se arrependa de fazer um desejo estúpido.
Um olhar frio examinou o corpo do garoto de cima a baixo.
— Eles dizem que você pode controlar um demônio chamando seu nome. Exatamente, é uma forma um pouco diferente da dominação.
O demônio agarrou o cabelo dele com a mão estendida e puxou-o.
— Achei que você faria um desejo mais divertido. — Resmungando ele ouviu o demônio enquanto seu cabelo estava sendo puxado com força e levantou a parte superior do seu corpo.
— Qual é o seu terceiro desejo?
Os lábios do garoto se abriram e fecharam com o olhar frio. O cabelo preso estava o machucando e isso o assustava. Ele se sentiu muito mal. Até levantar os olhos para ver o demônio não era fácil, então suas pálpebras tremiam. O pouco interesse que restava no olho do demônio havia desaparecido completamente.
Depois de fazer seu terceiro desejo, ele pensou que o demônio o mataria. Não, foi apenas um palpite.
— No mínimo diga-me exatamente… Como isso seria diferente?
— ……
— É uma das três coisas, mas não gosto de respostas pela metade como essa.
Ele não conseguia ver que tipo de olhos o demônio estava fazendo, abaixando os olhos ele disse. Foi um pensamento para prolongar o tempo, mas o demônio pareceu não se importar com os pensamentos dele, soltando a mão que segurava o cabelo, ele respondeu indiferente.
— Bom. Ninguém nunca chamou meu nome, então eu também não sei o que é…. — Ele parecia estar escolhendo suas palavras, então continuou: — Dizem que é difícil desobedecer aquele que o controla. Isso é tudo que eu ouvi e isso é tudo que eu sei.
Parecia uma história que nunca o interessou particularmente. Ficou claro por que ele estava respondendo a tal coisa.
— Não posso evitar, mesmo que não esteja satisfeito. Faça seu terceiro desejo.
Ele disse como se quisesse terminar rapidamente. O garoto perguntou, limpando as mãos suadas na bainha da camisola.
— Eu sei… Quando eu chamar seu nome, você não pode me desobedecer, pode?
— …..Você vai me chamar pelo meu nome?
Era tão ridículo que ele falava como se ouvisse o zumbido de uma mosca. Ele tinha um sorriso seco no rosto.
— Então, diga o meu nome?
— Isso é…..
Ele não conseguia falar, mas seus lábios se moveram e o olhar do demônio pousou na bochecha. O olhar preguiçoso era o de um predador. ‘Devo apenas rasgá-lo e matá-lo, ou devo deixá-lo um pouco mais despedaçado?’ A criança abriu a boca ao sentir o olhar aterrorizante do demônio escanear seu corpo.
— Ei, me dê uma dica.
Então ele inclinou a cabeça e olhou para baixo.
— Porque a resposta ao segundo desejo não é satisfatória… Mesmo que seja algo tão pequeno.
— Você disse como se lhe concedesse qualquer desejo. — Depois de dizer isso com um pouco de crítica, o garoto ligeiramente olhou para ele. O demônio estava olhando-o com olhos desconhecidos. Vendo o olhar que não era desagradável, o garoto apertou novamente a bainha da camisola e disse.
— Uma vez. Oh não, três vezes. Se eu falhar três vezes, nunca mais falarei sobre isso.
Em vez de responder, o demônio olhou para ele com olhos mais profundos. Era como se seus nervos estivessem queimando. Depois de um tempo ele disse.
— Apenas uma vez. Te darei uma chance.
Era uma voz relaxada, como se houvesse um joguinho pela frente.
— Meu nome pertence à besta.
— Agora me diga.
O diabo levantou a mão e apontou para si mesmo.
— Qual é o meu nome?
O garoto levantou os olhos e olhou diretamente para o demônio. Suor frio escorria pelos seus cílios e sua visão estava embaçada, mas apenas o demônio podia ser visto com clareza.
Cabelos dourados desgrenhados. Relaxamento fluindo pelo corpo. Ombros largos e estatura alta. Embora tivesse ossos grossos, ele não parecia monótono, Peso e agilidade impressionantes. Ele era o único que tinha as duas palavras que não se encaixavam. Era um rosto bonito e de boa forma, mas sua expressão era única. Além de ser corrupto era decadente.
As feras que vêm à mente quando olhamos para o homem são, claro, grandes carnívoros.
Ele parecia um leão com várias fêmeas. O rei dos animais, que se deita vagarosamente na sombra de uma árvore, fazendo você se sentir sonolento e aterrorizante ao mesmo tempo.
— Vocês todos…..
A criança franziu os lábios.
— Seu nome é… … .
‘Ou o que? Isso está realmente certo?’
Sua mente estava uma bagunça enquanto sua garganta se aperta deixando com com falta de ar. Ele estava suando frio e tonto. Depois que ela fez seu terceiro desejo, repetidamente, o coração assombrado apertou pelo pensamento de que ele o mataria. Por que ele tinha que fazer aquele segundo pedido? Naquele momento, como se estivesse possuído por algo, balançando a cabeça involuntariamente. Ele nem sabia o que estava pensando.
O pouco tempo depois que abriu os seus lábios secos que pareceu uma eternidade. Vendo o garoto incapaz de falar, o diabo sorriu vitoriosamente. desagradável.
Essa situação encontrou os olhos do jovem.
Naquele momento, as palavras que ele nem conhecia saíram da boca da criança.
— Raven.
O corvo …..
Os olhos amarelos do corvo que se afastaram ruidosamente quando ele caiu mais cedo vieram à mente. Ele pensou que não era o caso, mas foi um instante.
E naquele momento tudo parou e sua mente ficou em branco.
Arrepios correram pela sua espinha. Ele ficou lá, Raven, esse é o nome do homem.
Foi uma percepção instantânea. E ao mesmo tempo, ele também percebeu que estava tentando se matar.
— Pare com isso, Raven!
Antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, ele estava parado em sua frente. Rosto emburrado. Uma mão fria tocou sua nuca e parou. As mãos quentes eram assustadoramente frias. Se fosse um pouco tarde demais para dizer a ele para parar, ele já teria quebrado o pescoço e morrido ali mesmo.
Suor frio escorreu pelas suas costas. Todo o seu corpo tremia com a vida aterrorizante que ele exalava. Era um medo de que os intestinos saíssem pela boca. Enquanto ele estava ali tremendo e incapaz de dizer qualquer coisa, o demônio hesitou por um momento antes de tentar pegar sua mão novamente, Garras afiadas se projetaram e perfuraram a pele de seu pescoço em um instante.
— Não se mexa, Raven!
Quando fechou os olhos e se forçou a falar com todas as suas forças, suas mãos pararam novamente. E quando abriu seus olhos tremendo, ele estava fazendo uma expressão muito grosseira.
Olhos cheios de intenções assassinas, tez avermelhada e lábios entreabertos como se estivessem rindo. A criança gaguejou, tirando a mão do demônio e dizendo.
— Ainda….
Ele hesitou e se afastou dele, que havia parado como uma estátua.
— Fique parado.
Depois de alguns passos, o rosto do demônio ficou cada vez mais distorcido. Seu coração batia pesadamente. Todo o seu corpo latejava tanto que ele sabia para onde o sangue estava se movendo. Ele não sabia dizer se era alegria ou medo. Mas suas pernas tremiam com o fato de que ele estava controlando o demônio.
O rosto vermelho do demônio empalideceu. Logo ficou pálido e azul, ele não suportava o olhar e a expressão que mostravam suas emoções como elas eram. A criança virou e começou a correr.
Sangue escorria das marcas de pregos em sua nuca, e escorria a ponto de encharcar seu colarinho, mas ele não conseguia sentir nada.
Correu e correu. Um medo avassalador pesava mais sobre ele do que quando tinha o diretor o seguia. Ele não conseguia pensar em nada e apenas continuou fugindo.
A malícia e o assassinato do demônio se tornaram uma névoa negra e perseguiram o garoto para toda vida..
A floresta inteira atrás dele começou a chorar com um som triste.
As árvores, o mato, gritavam em agonia. Um vento forte soprou folhas molhadas e sacudiu a floresta.
— Não pense que não vou te encontrar. — A floresta rugiu alto e relatou suas palavras. Uma tempestade caiu.
— Não importa quando….
Uma voz que fez o sangue congelar continuou a seguir.
— Onde quer que você esteja se escondendo.
Ele se espalhou pela floresta mais rápido que o garoto, e não importa para onde ele corresse, eu podia ouvir aquela voz.
— Eu vou te encontrar, não importa sua aparência mudar, ou cortar sua língua de sua boca.
Embora eu cobrisse seus ouvidos com as duas mãos, a voz do demônio penetrou profundamente em seus tímpanos.
— Nem pense em dizer meu nome, muito menos pedir ajuda.
— Ahhh, aaaaa! — Tentando disfarçar gritando, mas a voz que se agarrava a todo o seu corpo não saía.
— Não se preocupe, não deixarei você ir. A qualquer momento, em qualquer lugar, não importa com quem você esteja, mantenha-se vigilante e pense.
O fim da floresta era visível, bum, bum. O som de algo desmoronando foi ouvido.
Quando olhou para trás surpreso, toda a floresta tremeu como um monstro negro.
— Lembrar-se. No seu momento mais confortável e feliz…..
O demônio falou como se estivesse sussurrando uma música em seu ouvido.
— Eu irei te encontrar até sua morte.
O garoto tapou os ouvidos e continuou correndo.
— Cala-se! Cala-se! Raven, por favor! — Por mais que ele gritasse, a floresta continuava a gritar e chorar. Ele fugiu sem hesitar.
Ele correu e correu por um tempo. Em algum momento, a floresta ficou para trás e a aldeia podia ser vista.
O sol sombrio estava nascendo sobre as montanhas. Quando entrou na aldeia ele olhou para trás, e a floresta estava como sempre.
Tudo muito silencioso. Como se nada tivesse acontecido.
Olhando para cima, ele viu um corvo voando atrás do sol, na borda da escuridão no céu sombrio.
O garoto não tirou os olhos do pássaro preto até que ele desapareceu completamente na escuridão.
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LA MÁFIA TRADUÇÕES ( SOMENTE NOS HOSPEDAGENS: YANP, FLUER, COVEN, BL NOVEL’S E WATTPAD)