DID: Transtorno Dissociativo de Personalidade - Capítulo 34

Por um momento o silêncio diminuiu.

-…O que?

-Um hyung na escola de negócios disse isso. Ouvi dizer que houve tumulto porque o artigo sobre o dia da admissão de Eun Seoho foi publicado com seu nome verdadeiro. E também circulou um boato de que um acidente de pesca aconteceu no dia seguinte ao repórter que escreveu o artigo. Eun Seoho ficou bravo e o jogou no mar.

-O que é isso? O artigo era confiável?

As palavras de Lee-Hoon também era o que Seowoon queria dizer. A expressão de seu rosto, que se endureceu ao falar sobre o artigo, ficou aliviada quando a história do acidente de pesca saiu.

-Ah cara, chame isso de apenas uma piada da escola. De qualquer forma, Seoho é um verdadeiro idiota. Por que esse hyung estaria apenas espalhando essas coisas?

Mas não foi isso que Seoho disse com sua própria boca para Seowoon.

Parece rico, mas não é. Tudo o que ele tinha eram as coisas que sua mãe usava enquanto ela estava viva, e ele só tinha o seguro de morte.

-Como você sabe que Eun Seoho é rico?

-Porque o artigo publicado disse isso.

-Como um jornalista sabe tudo sobre a vida de outra pessoa?

-Não é zoação. Então, qual é a razão pela qual Eun Seoho não é rico? Seu avô é Eun Byeong-Gi. Como o neto de Eun Byeong-Gi pode não ser rico?

-Foi sua mãe que herdou a propriedade. Quando seu avô faleceu, Seoho disse que não restava muito… Por que estou falando isso? Só diz respeito a família dele.

Lee-Hoon, que estava olhando para o telefone, cuspiu.

-Pode ser que Eun Seoho mentiu.

Lee-Hoon estendeu a tela do meu telefone para Seowoon.

-Não consegui encontrar o artigo com seu nome verdadeiro do dia da cerimônia de entrada, mas este é o ranking do ano passado das pessoas mais ricas do mercado de ações da Coreia.

-…

Seowoon olhou atentamente para o estranho gráfico, no qual a família Eun Byeong-Gi estava quase no topo da lista. Houve uma pessoa que se destacou particularmente no gráfico com seus nomes marcados com *.

Eun *ho (19 anos). Riqueza estimada x $.

-Eu disse que ouvi algo parecido. O cachorro de Eun Seoho é rico.

-Parem com isso, vocês dois.

Seowoon empurrou o telefone de Lee-Hoon com a mão.

-Não importa se ele é rico ou não. Acho que ele não queria me contar. Não tem porque expor a conta bancária só porque se aproximou.

-Você não se sente mal? Talvez ele esteja brincando com você.

-Por que brincaria com isso? Ele simplesmente não disse nada.

Ele não disse nada e nem mentiu. Ele não é tão rico, como estão dizendo. E nem mesmo irá colocar as mãos em Seowoon, por simplesmente estar lhe ajudando com os remédios e afins.

Não soou como uma mentira.

Quando Seowoon largou seu copo de vinho e disse isso, ele lembrou a expressão de Seoho e lembrou-se como se estivesse vivenciando tudo novamente.

Parecia real. Tudo.

Não havia razão para mentir.

-Hyung, sua expressão ficou séria. Você gostaria de outra bebida?

O copo de cerveja ficou vazio em algum momento. O vidro, que estava frio o suficiente para fazer suas mãos tremerem, havia mudado para uma temperatura morna como o corpo.

-Bem, não estou necessariamente dizendo que Seoho é lixo brincando com as pessoas. Eu só quero que você saiba. Porque com certeza é mentira.

Hyun-Cheol tocou a campainha e acrescentou.

-Hyung, é melhor você apenas perguntar abertamente. Chega e pergunta: ‘Por que mentiu para mim sobre não ter dinheiro? Está com medo de que eu esteja interessado nele?’ Quão difícil é isso?

Hyun-Cheol, que pediu mais três cervejas e uma garrafa de soju, sorriu enquanto pegava o copo vazio da mão de Seowoon.

-Não se sabe se Seoho fez isso ou não. Mas eu sou um lixo com muito dinheiro, então você pode simplesmente esquecer ele e começar a sair comigo. Que tal?

-Louco desgraçado.

Lee-Hoon tocou a campainha.

-Pra que? Você quer comer mais alguns petiscos?

-Não. Vou pedir um refrigerante para o hyung, quando chegar, vou faze-lo beber. Acho que ele tem uma doença que precisa de um refrigerante para cair em si.

-Hyung, você ainda acha que estamos exagerando?

-Quê?

-Hyung, você não quer aceitar mesmo que te apresentemos provas.

-Lee-Hoon, por que você está pisando na inocência dos outros?

-Falou o cara que nem sabe o que significa inocência.

-Não há como um beta conhecer a inocência de um alfa. Dê uma boa olhada em um alfa.

-Cai fora e para de besteira.

Sewoon pegou o copo de cerveja gelada novamente. Se sentia estranho.

Por que Eun Seoho mentiu?

***

-…

O alcance de ação de Shin Seowoon era simples. Se e saiu para jogar, então era lá que estaria.

Seoho estacionou seu carro em frente ao prédio da sala de PC e estava olhando para a entrada de lá.

Tuk, tuk.

Um dedo longo tocou a tela do telefone.

Estava debatendo se deveria ligar ou não.

Poderia dar uma desculpa? Talvez dizer que não esta bem, então Seowoon ficaria surpreso e voltaria correndo.

No início, Seowoon conseguiu ser generoso com suas desculpas para sair. Mas o motivo era óbvio.

Não admitia que se sentia atraído pelo feromônio de Seoho então saia para se refrescar. Em outras palavras, quanto mais rápida a reação, mais rápido chegaria o dia em que não poderia resistir e se entregaria a Seoho.

Foi fofo uma ou duas vezes, mas depois Seoho começou a ficar irritado.

Havia um beta na sala de PC. Seowoon estava saindo de casa para evitar feromônios, Seoho se perguntou se era por um propósito diferente agora.

Não há nenhuma maneira que goste disso.

Tuk, tuk.

-… Impossível. Me recuso a acreditar que você prefira um baixo nível.

Quando o pensamento chegou nesse ponto, estava indescritivelmente irritado.

Seoho apertou o botão de chamada e encontrou o número de Shin Sewoon.

Exatamente naquele momento, o telefone tocou por uma incrível coincidência, era Seowoon.

Depois de contar até três, Seoho atendeu.

[Vou beber com meus amigos. Vá para a cama primeiro. É a primeira vez que peço algo assim na minha vida.]

‘Vai beber com outros caras. Me deixando sozinho…’

[Acho que você está entrando no Rut.]

Esse foi o segundo golpe na mesma ligação.

O rut vira e ele fugirá.

[Tem inibidores?]

Seowoon continuou a soar como um mendigo.

Pouco depois de desligar, Seowoon deixou o prédio da sala de computadores. Estava com dois homens, um tinha o rosto desconhecido.

É alfa.

Uma sensação estranha tomou conta. Desde o jeito de tocar em Seowoon, os gestos das mãos e o hábito de olhar para a nuca vorazmente…

É isso.

Seoho abriu a porta do carro e saiu. Com uma distância razoável, ele seguiu Shin Seowoon.

***

-Oh, Eun Seoho.

Lee Jee-Yoon apareceu trinta minutos depois de ligar.

Seoho, que estava sentado em um café perto do bar onde Seowoon estava, levantou-se, deixando a xícara de café intocada.

-Ei, o que aconteceu… de repente? Por que você está ligando para alguém hospitalizado? Sabe há quanto tempo estou ali…

Houve muitas palavras murmuradas.

-Por que eu deveria saber, sunbae?

Seoho virou e saiu do café. Jee-Yoon, que levantou a cabeça abismado, não o seguiu.

-Quer dizer que me chamou aqui e nem ao menos vai me dizer o…

-Vamos tomar um drink.

-O que?

Os olhos que se abriam como se estivessem prestes a sair eram irritantes.

-Dá um tempo.

-O que?

-Não fique perguntando.

-Ei, Eun Seoho! Por que diabos você está fazendo isso comigo?

Jee-Yoon ainda não se moveu. Se seu ânus ainda estivesse rasgado, seria compreensível, mas ainda tinha que ficar de olho naqueles três.

-O vídeo está com meu mordomo, não comigo. Você deve ter ouvido o nome do chefe do escritório, In.

-O que? Como?

-Aquele vídeo. Em B, o sunbae teve a bunda rasgada.

-…

Seoho não se preocupou em virar as costas, mas podia dizer que Jee-Yoon estava tremendo e pálido. Dizer o assunto do vídeo foi um aviso gentil para não pensar em usar drogas no futuro.

-Parece que entendeu. Não cometa erros.

O pub com uma nova vibe ficava no segundo andar do prédio.

Seoho subiu as escadas até o bar e abriu a porta de vidro com letras sujas.

-Entre primeiro, sunbae.

Ele sorriu educadamente enquanto abria a porta.

~~~

Seoho entrou no bar e sentou-se de costas para  Seowoon.

Em um bar de franquia, havia divisórias para cada assento. Não será fácil se encontrar a menos que  Seowoon vire as costas e tire a cabeça para fora.

Depois de Jee-Yoon, que ainda estava tremendo, pedir alguns lanches e bebidas, Seoho se concentrou na conversa que vinha de trás.

Ouviu uma história misturada com barulho dentro da loja.

-Libere feromônios.

Quando Seoho disse isso para Jee-Yoon, o beta sentado ao lado de Seowoon estava falando sobre ricos com ações.

***

-Quem é esse? Foda-se. Sem educação.

Quando o feromônio ômega se espalhou, Hyun-Cheol amaldiçoou primeiro.

-Se estiver no cio, vá para um hotel, por que está transando em um bar?

A razão pela qual sua voz estava tão alta era que ele tinha que controlar o feromônio por conta própria, mas o feromônio ficou mais espesso, quase visível.

-Urgh! Sério, maldito louco.

Hyun-Cheol pulou e olhou ao redor em busca do ômega que estava liberando feromônio.

-Ei, vá com calma e sente-se. Não vá brigar, seja com quem for.

Lee-Hoon agarrou a roupa de Hyun-Cheol e tentou senta-lo de volta, mas sem sucesso. Hyun-Cheol reconheceu alguém do outro lado.

-Ah, quê…?

-O que? O que foi?

-Provavelmente isso é…

Hyun-Cheol bateu na mesa em direção a Seowoon.

-Hyung.

-O que foi?

Seowoon seguiu o olhar de Hyun-Cheol e virou a cabeça.

E claro que se surpreendeu. Quando virou a cabeça e viu um rosto familiar. Era o ômega que colocou remédio no copo de Seoho.

Ainda mais surpreendente, foi o que aconteceu quando o acompanhante do ômega virou a cabeça para ele.

-Hyung?

Seowoon olhou para o ômega sem expressão e olhou para Seoho, que tinha um rosto amigável.

Não havia senso de realidade.

Por que ele está aqui? Quem é aquele ômega?

_______ Nota da Lilith:

LA MÁFIA TRADUÇÕES (LEIA SOMENTE NOS SITES DE HOSPEDAGENS: YANP, FLUER BLANCHE, COVEN SCAN, BL NOVEL´S E WATTPAD)