DID: Transtorno Dissociativo de Personalidade - Capítulo 28
-Vou pegar água. Espera.
Seowoon tinha que tomar um inibidor, então se levantou primeiro, mas Seoho baixou a colher e se levantou.
-Não, está tudo bem. Você ainda está comendo, não é? Então, coma.
Com isso, Seoho inclinou sua tigela de arroz.
-Eu comi tudo. Vou buscar seu remédio, hyung.
Levantando-se, Seoho pegou um copo da prateleira acima da pia e bateu na porta da máquina ao lado da geladeira, que parecia uma geladeira, por isso achou que eram duas.
Então a porta se iluminou. Havia uma cavidade de um lado da porta como se fosse para colocar algo nela, mas quando colocou um copo nela, a água saiu sozinha.
Isso foi estranho também.
-Isso é um purificador de água?
-Sim. Depois você tenta.
Até que ele viu Seoho pegando água, Seowoon estava prestes a dizer que não há água em casa, então da próxima vez que fosse ao supermercado, compraria água engarrafada.
Foi bom não falar.
Seowoon entrou no quarto, escovando o cabelo curto com um gesto exasperado. Iria pegar a bolsa de remédios que estava na cômoda da mesinha lateral.
Quando saiu para a cozinha com seu remédio, Seoho perguntou, segurando um copo d’água.
-Quanto você tem que tomar?
-Um comprimido, três vezes ao dia. Mas se liberação de feromônio parecer um pouco estranha, eles disseram que poderia tomar mais um comprimido nessa hora.
-Tem muitos? Posso dar uma olhada?
-Nos comprimidos? Por que?
-Quando o hyung tiver um descontrole ou algo assim, eu posso ter que ir comprar remédio para você.
Mesmo antes de ouvir esse motivo, Seowoon já estava entregando a bolsa de remédios.
Seoho, que pegou o remédio, verificou cuidadosamente não só o remédio, mas também os ingredientes e como era o envelope. Não é nada especial, mas por algum motivo, Seoho parecia muito inteligente agora.
‘Não consigo nem entender do que está falando.’
-Me deram esse remédio. Dizem que tem alguns efeitos colaterais.
-Uh…sério?
-Sim. Há algo de errado com o seu corpo?
-Não sei ainda.
-Já que os efeitos colaterais variam dependendo do tipo de corpo. Ainda assim, não sei se há algo errado, então certifique-se de seguir as instruções.
-Tudo bem.
Seowoon enxugou o rosto com a mão sem motivo, escondendo sua expressão relaxada.
Foi constrangedor tentar rir. Talvez ele tenha gostado que Seoho estava tentando se intrometer no seu tratamento.
-Deixe os pratos. Irei lava-los. Você entra e faz sua lição de casa.
-É sério? O hyung já fez o almoço.
-Eu não tenho nada para fazer de qualquer maneira.
-Então vou terminar meu dever de casa rapidamente, depois que você lavar a louça, vamos assistir um filme juntos, hyung.
-Tudo bem.
Seowoon não gostava muito de filmes, mas não havia nada para fazer nesta casa além de jogar no seu telefone. Além disso, não era ruim para Seoho fazer algo juntos.
-Ah, hyung. Vou pegar a bolsa de remédios e dar uma olhada. Acho que seria reconfortante pesquisar os efeitos colaterais.
-Certo. Oh, mas deixe-me perguntar como lavar a louça. Que tipo de detergente e purificador devo usar? Você tem luvas de borracha?
-Espere um minuto. Eu vou te mostrar.
Seowoon sentou-se à mesa na estrada e ligou o celular sem pensar. O gerente do restaurante de carnes lhe enviou uma mensagem de texto dizendo algo sem sentido, então respondeu.
Ver Seoho mexer na pia da sua própria casa, era o mesmo que vê-lo mexendo na pia da casa de outra pessoa.
* * *
Havia detergente e um esfregão, mas nada de luvas de borracha.
Seoho disse que iria comprar e colocou um casaco.
Mesmo sendo bom, ele era bom demais.
-Por que? Está tudo bem. Posso fazer isso com as próprias mãos. Vamos comprar na próxima vez que formos ao supermercado.
-Não. Eu vou sim.
Seoho foi inflexível.
-Vou e volto rápido. Lavar a louça não é urgente, então faça uma pausa. Ah, hyung, vou pegar o filme para você assistir.
Não parecia que seria rápido. Seoho já estava calçando sapatos.
-Deixa isso pra lá. Nem há uma loja de conveniência nesse bairro.
-Eu cuidarei disso. Espera.
Seoho moveu suas longas pernas e saiu pela porta da frente.
Era um pouco estranho estar sozinho na casa sem o proprietário.
Seowoon praticamente limpou a mesa e foi para o sofá.
O sofá que Seoho disse ter sido usado pela sua mãe ainda estava tão macio no momento em que ele se deitou que se surpreendeu.
-Então….
‘…Seu pai também usava este sofá?’
Quando não se sabe o que fazer e não tem nada para fazer, por que não se sentar e olhar para o teto? E quem sabe pensar no dono da casa?
Seowoon não sabia nada sobre como seu pai vivia na casa de Seoho. Culpar seu pai por toda a pobreza e infortúnios que lhe acometeram, como abandonar o ensino médio e não poder se formar. Mesmo se xingasse, seu pai não poderia ouvir, e mesmo que reclamasse, o mundo não mudaria. Sua vida era tão pobre e vazia.
Depois disso, quase não sobreviveu. Viveu sem descanso por um longo tempo apenas para fazer um depósito, e quando economizou a quantia que almejava, seu dinheiro se foi rapidamente.
Um dia, de repente, tornou-se um ômega, um devedor e acabou morando na casa de outra pessoa.
Seoho, seu fiador, é tão fofo como um dongsaeng, então foi a luz do sol brilhando pelo buraco do rato que o fez sentir como se estivesse brincando.
-Vai funcionar de alguma forma.
No final da tarde, o sol estava se pondo. A manifestação também acabará algum dia.
Depois que o sol se pôs, Seowoon enterrou o que aconteceu no canto de sua cabeça.
Talvez por causa de sua personalidade, Seowoon ainda não percebeu porque Seoho não conseguiu encontrar as luvas de borracha, ou porque saiu de casa com seu inibidor no bolso sob o pretexto de comprar luvas novas.
* * *
-O que, você já dormiu?
Seowoon acordou ao som de uma voz suavemente caindo em seu ouvido. Quando abriu seus olhos estreitamente, viu Seoho, que estava inclinado perto, como se esfregando seu nariz contra sua bochecha.
-Se você está com sono, pode dormir mais. Vou trazer um cobertor para você.
-Uh…não, não. Eu tenho que lavar a louça.
Parecia muito decidido. Seowoon balançou a cabeça.
-Que horas são? Quão longe você foi?
-Não havia nenhum lugar que vendesse luvas de borracha nas proximidades. Levei um tempo para encontrá-las.
Seoho sorriu como se não fosse nada de especial, tirou uma luva de borracha do bolso e a sacudiu.
-Eu disse para você não ir. Além disso, você ainda tem atividades para fazer.
-Depois eu faço. Hyung, levante os braços.
-Por que?
Enquanto perguntava o motivo, Seowoon ergueu os braços.
A mão de Seoho caiu sob seu braço.
-Tcharam!
Ele o ergueu como se o estivesse abraçando. Demorou um pouco para a cabeça de Seowoon aceitar esse fato.
-Está maluco? Aonde estamos indo?
Quando fez essa pergunta, os olhos de Seoho se arregalaram em resposta.
-O que?
-Por que você está fazendo isso?
Seowoon agarrou a mão de Seoho e puxou-a com força.
-Eu sou como uma criança para você?
-Ah…você não gosta disso?
-Não. Eu disse para você não fazer isso, não me toque desnecessariamente. Não se lembra?
-Lembrar? Eu simplesmente esqueci disso.
Seoho virou a cabeça e revirou os olhos.
-Não sei se você acredita em mim, mas também não sou bom em tocar outras pessoas. Eu não gosto de tocar em ninguém.
-Mas por que?
-Você acha que eu sei?
O olhar que havia sido evitado voltou.
-Simplesmente acontece. Mas com o hyung é diferente.
O olhar ou as palavras que ele acabou de dizer, qual deles deixa mais envergonhado?
Seowoon não sabia a resposta.
-Então por que? Porque você está fazendo isso comigo?
-Você não sabe.
Seoho mordeu o lábio por um momento.
-Tudo bem se for com você hyung, é bom. Eu não sei o que é isso, porque é a minha primeira vez com alguém assim, mas se me perguntasse, seria isso. Eu gosto do hyung.
O rosto de Seowoon endureceu.
-…É bom…o que você quer dizer?
-É muito bom estarmos juntos, quero estar com você o máximo possível e, porque você estava sozinho em casa, andei o mais rápido que pude. Comprei luvas de borracha e corri.
-Isso é…
-Isso é tudo que eu sei. Não entendo também, o que que está acontecendo.
Seoho se virou.
-Desculpa pelo que aconteceu. O hyung queria se levantar e eu apenas ajudei. É tudo o que eu quero e posso fazer por você, ajudar. Você disse que não queria ser tocado, então terei cuidado no futuro. Acho que simplesmente esqueci e cometi um erro.
Ele apenas deu as costas e foi embora.
-…Estou saindo.
Seowoon balançou a cabeça e inclinou a cabeça para trás.
Viu o teto branco que estava olhando fixamente até adormecer novamente.
‘Eu também não sei.’
Seowoon gosta de Seoho o seguindo. Talvez seja por isso que ele começou a vê-lo como um dongsaeng.
Mas, na verdade, ele também nunca teve um irmão. Ele nem sabia exatamente o que era ter um irmão.
Desde o princípio está tudo bagunçado.
Agora está sendo exposto a feromônios pela primeira vez, então está muito consciente de tudo.
Era frustrante porque havia tantas coisas que não sabia. Seowoon pegou as luvas de borracha que Seoho tinha deixado silenciosamente no sofá.
Embora sua cabeça estivesse uma bagunça, tinha que lavar a louça.
Amanhã pela manhã, ainda tem que fazer café da manhã.
______ Nota da Lilith:
A obra foi doada por Ah-Ri Novel´s de 1 ao 44 foi feito por ela – Por conta de roubo de tradução estou colocando esse lembrete.
LA MÁFIA TRADUÇÕES (LEIA SOMENTE NOS SITES DE HOSPEDAGENS: YANP, FLUER BLANCHE, COVEN SCAN, BL NOVEL´S E WATTPAD)