A Lua do Rei Demônio - Novel - Capítulo 04
— Isso !
— Ugh, doi, doi, doi!
Baal gemeu em agonia e caiu no chão segurando a cabeça. Envergonhado, Li Lu olhou para suas mãos inexpressivamente, então se virou para Baal em aflição. Então, quando a luz nas costas de sua mão se apagou lentamente, os gemidos de Baal diminuíram gradualmente, como se a dor tivesse diminuído.
— O que você está fazendo? Você é um cara…!
— Oh não! Eu não sou um sábio, mas um incubus… !
— Eu não me importo com o que você é!
Baal desembainhou sua espada novamente e tentou golpear Li Lu. Mas Li Lu disse “Não!” Ele gritou, e suas mãos ficaram rígidas. Não há dor como antes, mas seu braço não se move. Confuso, Baal olhou para seu braço, mas o braço não se mexeu.
Ele assumiu que a dor que acabara de esmagar sua cabeça era que o havia atacado. Seja um sábio ou um demônio, se ele o atacasse, ele pensou que não valeria a pena mantê-lo vivo, então ele ergueu a espada, mas estranhamente, seu braço estava completamente rígido e não se movia.
— Uh o quê…
Li Lu agarrou o braço de Baal com vergonha e o abaixou com as duas mãos. Uma mão que era branca, fria e macia o suficiente para contrastar com sua armadura negra envolveu a mão de Baal e agarrou a espada que ele segurava.
— Seu menino… !
— E-eu. Meu nome é Li Lu, sou um Incubus.
— Para o assunto do incubus que se atreve a foder humanos… !
Baal disse com uma cara mais brava do que quando pensou que foi atacado pelos bons.
— Eu não te ataquei! Eu, eu….
Li Lu verificou a tatuagem nas costas da mão, que estava brilhando novamente. Então, olhando em volta, ele colocou a espada de Baal que havia roubado em sua bainha e segurou sua mão com força. As mãos grandes, duras, quentes, mas macias combinavam com ele melhor do que ele havia imaginado, e Li Lu sentiu-se tonto no momento. No entanto, ele conteve seu medo de desmaiar e segurou a mão de Baal com força.
— Ei, há algum lugar onde possamos conversar em silêncio? Achei que viria alguém por causa daquela porta….
— Por que eu deveria ouvir sua história? Basta matá-lo e acabou.
— Você não poderia me matar.
— Matar você é mais fácil do que matar insetos.
Baal tentou mover a mão novamente, mas estranhamente, ele nem queria matar o cara na frente dele. Não sentia a raiva que sentiu quando pensou ter sido atacado agora há pouco, como se fosse um sonho.
‘Por que?’
Não importa como ele pensa sobre isso, Baal tem que matá-lo. Ele matou inúmeros demônios que se opõem a ele. Ele exigia obediência absoluta e o matava se eles não escutassem. Mas ele não sabia o que o cara na sua frente fez, mas ele tentou atacar a si mesmo. Não sabia se o incubus tinha tal habilidade, mas tinha certeza que sentia uma dor que parecia que sua cabeça ia explodir, e por mais que ele pensasse nisso, a causa era apenas esse cara bem na frente dos seus olhos.
Ele teve que confirmar se era um sábio ou realmente um incubus como esse cara disse, mas não importava muito mesmo depois de matar esse cara.
Mas obviamente, tinha que matá-l o, mas não estava com vontade. Ele queria saber que tipo de sofisma¹ é esse, sua identidade originalmente.
— Por favor, guie-me para um lugar tranquilo.
Baal começou a andar com cara de nojo. Ele perguntou se o porquê tinha que levar esse cara para um lugar tranquilo, mas ele andou obedientemente.
Há apenas um lugar neste castelo onde ninguém pode entrar e ter uma conversa tranquila, e Baal levou esse sujeito branco e de aparência fraca para aquele lugar.
— Este é meu quarto.
Mesmo depois de subir oito andares, ele pensou que Li Lu estava longe e nunca pensou que viria aqui.
Li Lu olhou em volta atordoado no quarto de Baal, que ela nunca havia imaginado nem em seus sonhos. Cheirava estranho, mas agradável. Pensar que esse cheiro era o cheiro de Baal fez sua cabeça vagar, e pensar que ele tinha acabado de entrar no quarto com Baal lhe deu vontade de correr loucamente. Mas Li Lu não podia mostrar isso a Baal, então se contive. Achando que já tinha mostrado o suficiente do seu lado estúpido, mas ainda queria parecer um pouco melhor.
Ele pegou a mão de Baal, cujo rosto ainda estava cheio de perguntas, e se aproximou do sofá no meio da sala.
— O que você queria dizer?
Baal moveu-se para o assento de honra com familiaridade e sentou-se no sofá como se estivesse alongado. Graças à sua armadura, que tinha mais partes expostas do que o esperado, Li Lu não sabia para onde olhar e, enquanto vagava, viu os olhos de Baal.
— Como você ousa me olhar nos olhos?
— Desculpe.
Li Lu rapidamente abaixou a cabeça e engoliu em seco. Então ele limpou a garganta e abriu a boca olhando para os dedos dos pés de Baal.
— E-eu sou Li Lu, um incubus que vive em uma vila incubus nos arredores da cidade.
Com os olhos fechados, Baal estalou os dedos e bateu na maçaneta do sofá. Isso significava que ele não gostava dessa situação e se sentia desconfortável. Li Lu, que não era cego, também sentiu que Baal estava muito desconfortável e balançou a cabeça.
— Ouvi dizer que o Rei Demônio está fechando a porta para o sonho… .
— Tinha que ser fechado imediatamente. É uma vergonha para os demônios que um humano tenha que entrar em um sonho e ser distorcido, e que sem um humano eles não podem nem mesmo manter a vida.
— Sim, mas! Se você fechá-lo, todos os incubus morrerão!
— Suas vidas não são da minha conta. Você veio até aqui para falar sobre isso?
Os olhos de Baal reabriram-se com raiva que havia desaparecido por um momento. Sua voz também era mais baixa do que antes, tingida de raiva.
Li Lu apertou sua mão e levantou a cabeça, com medo de que ele tentasse matá-lo novamente. Olhei-o nos olhos novamente e implorou como ouvisse até o fim.
Baal ainda não gostou da situação, mas o olhar de Li Lu o lembrou que ele deveria ouvir, então ele colocou o queixo na mão e olhou nos olhos azuis dele.
— Eu vou te matar quando terminamos de conversar. Então fala direito.
— E-eu só. Entrei no castelo para ver se havia alguma maneira de impedir o fechamento da porta….
— Você se atreve a dizer que veio para interferir no meu trabalho?
A raiva que havia desaparecido por um tempo se aprofundou. Seu cheiro se transforma em uma chama vermelha por seu corpo. Não é uma ilusão. Chamas vermelhas criadas por Baal, o demônio das chamas, fluem como se estivessem queimando os arredores. Mesmo que seja apenas o fluxo de poder. Li Lu não consegue respirar imediatamente. Não é que ele ia morrer porque estava tentando matá-lo, mas ia morrer pelo poder e raiva apenas por estar ao seu lado.
— Sah, me salve….
E o cheiro de Baal desapareceu com a palavra que ele cuspiu com dificuldade. Dispersou-se como fumaça. Baal não colheu, simplesmente desapareceu. Como se fosse uma situação que Baal não esperava, ele se levantou de um salto, incapaz de esconder seu constrangimento. Em vez disso, Li Lu tinha um rosto um pouco mais calmo do que ele.
— O que, o que?
— Sim, era isso que eu queria te dizer! Uau, parece que o Rei Demônio assumiu o controle do incubus, que só deveria ser comido por humanos… !
Li Lu achatou o corpo e gritou.
***
— Por favor, explique novamente devagar e passo a passo.
Baal sentou-se de pernas cruzadas no sofá e apertou a testa. Não importa quantas vezes ele ouvia, não conseguia entender e pois sua cabeça doía. Sua cauda se movia lentamente, como se expressasse seu desconforto.
E Li Lu estava tremendo quando ele caiu a seus pés.
O rei demônio que ele admirava e desejava estava sentado na frente dele. Li Lu não conseguia responder com clareza. Mas nem ele era tão bom nisso. A resposta que ele tinha que responder era tão estúpida que ele não conseguia acreditar, mesmo pensando nisso, então era terrível dizer isso toda vez que ele dizia. Também foi difícil suportar o questionamento irritante de Baal.
Nunca sonhou com uma situação como esta. Li Lu sempre quis estar perto o suficiente para falar com Baal, mas nunca imaginou algo assim.
‘Eu só pensei que queria ser amigo dele…. Desta maneira… .’
— Então quer dizer. O incubus originalmente se aproximou do sonho humano e lançou um feitiço de pilotagem no humano…
Incubus, que tem poder fraco, não é fácil de vencer se competir fisicamente com os humanos, por isso tem usado o método de manipulação em sonhos. Você pode lançar magia mesmo estando acordado, mas mesmo que o oponente tenha um pouco de resistência, você pode pará-lo facilmente, e se você falhar e for pego por humanos, sua vida estará em perigo, então você sempre aborda os humanos apenas através dos sonhos.
O mesmo vale para Li Lu. Ele também sempre foi manipulador através dos sonhos humanos. Ele nunca tinha enfrentado eles acordados antes.
— E-eu pensei que ia morrer, então pensei que tinha que fazer alguma coisa, então, sem saber, lancei um feitiço de pilotagem no rei demônio….. .
— Eu tenho uma técnica de manipulação que pode impedir os humanos apenas por ter um senso de relutância?
— E-eu não pensei que seria pego também….
Li Lu encolheu ainda mais o pescoço, como se quisesse se esconder dentro de seu corpo. Em uma tentativa desesperada de viver antes da sua morte, seu corpo tentou sem perceber, mas pegou lindamente. Não sabia se a feitiçaria ficou mais forte por causa da seriedade que veio da crise da morte, ou se Baal foi pego porque foi completamente descuidado o suficiente para acreditar em sua própria força, mas o que deveria ter sido impossível em primeiro lugar tornou-se um idiota.
Embora vivesse graças a ele, Li Lu não ficou feliz por ter feito tal coisa a alguém que admirava. Além disso, é tão óbvio que Baal vai te odiar por causa disso….
Querendo chorar. E ele não conseguia esconder bem sua expressão, então era óbvio por fora.
O olhar de Baal escaneia Li Lu assim. Li Lu estava com medo daqueles olhares, então ele encolheu ainda mais, e a expressão de Baal ficou ainda mais severa. Além da aparência esplêndida e graciosa que poderia ser confundida com a de um sábio.
Enquanto Baal olhava para Li Lu, seu espírito de confiança e atitude imprópria ofenderam Baal ainda mais.
Olhando ainda para ele, seus dedos se apertaram e o apoio de braço do sofá que ele segurava desmoronou como poeira. Seu cheiro de Baal tornou-se um pouco mais feroz.
Notas:
1- Sofisma: argumento ou raciocínio concebido com o objetivo de produzir a ilusão da verdade, que, embora simule um acordo com as regras da lógica, apresenta, na realidade, uma estrutura interna inconsistente, incorreta e deliberadamente enganosa. Argumentação que aparenta verossimilhança ou veracidade, mas que comete involuntariamente incorreções lógicas; paralogismo.
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